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Felicidade no trabalho é a nova fronteira da gestão em Facilities

Com a palavra, Jaqueline Alves, uma profissional que une técnica, propósito e humanização na construção de ambientes corporativos mais saudáveis e felizes

Felicidade no trabalho é a nova fronteira da gestão em Facilities

Foto: Divulgação

Na gestão moderna de ambientes corporativos, um conceito ganha força e se consolida como prioridade estratégica: a felicidade no trabalho. E uma das profissionais que lidera esse movimento dentro da área de Facilities é Jaqueline Alves, gestora de Mobilidade & Workplace na Libbs Farmacêutica. Com mais de 17 anos de experiência e uma recente certificação como Chief Happiness Officer, Jaqueline tem se destacado por enxergar o espaço físico, os processos e as pessoas como um ecossistema integrado — e pulsante.

“Felicidade no trabalho é uma escolha ética, estratégica e profundamente humana”, afirma com convicção. Para ela, cuidar da infraestrutura vai muito além do funcionamento de sistemas: é sobre criar condições para que as pessoas possam florescer.

Um novo olhar para o papel do Facilities

A trajetória de Jaqueline é marcada pela busca constante de inovação e propósito. Com formação em Comunicação Social e pós-graduações em Gestão Estratégica de Negócios, Projetos e Inovação, ela encontrou no Facilities uma plataforma de transformação real. E foi justamente sua vivência na área que a levou a se perguntar: como criar ambientes que não apenas funcionem bem, mas que façam bem?

A resposta veio com estudo, prática e uma profunda reflexão sobre o impacto da liderança. “O líder tem o mesmo impacto emocional na vida de um colaborador quanto um parceiro tem na vida pessoal. Essa consciência me fez mudar minha forma de liderar”, revela. O resultado? Um estilo de gestão mais atento, empático e com foco no bem-estar genuíno das pessoas.

Layout, luz e flow como o poder do ambiente

Segundo Jaqueline, o ambiente físico não é neutro — ele fala, acolhe (ou repele), energiza (ou suga). “A neurociência já provou que iluminação ruim, ruído e ergonomia precária aumentam o estresse e a improdutividade. Por outro lado, espaços bem pensados ampliam a segurança psicológica e favorecem o chamado estado de flow”, explica.

Em seu dia a dia no trabalho, ela atua com intencionalidade para transformar o espaço em um aliado da performance e do bem-estar. Isso inclui áreas de descompressão, ambientes colaborativos, conforto sensorial e a cultura do cuidado visível.

Uma cultura cocriada com outras áreas

Felicidade não se impõe — se constrói. E, segundo Jaqueline, isso só é possível com uma atuação transversal entre Facilities, RH, Comunicação Interna, Saúde e Segurança. “É a partir da soma de competências que conseguimos criar rituais positivos, ambientes funcionais e relações mais humanas. Facilities deixa de ser executor para se tornar cocriador da experiência de trabalho.”

Essa integração tem resultados concretos: mais engajamento, menos turnover, mais conexão entre os times e — o mais importante — mais saúde emocional no ambiente corporativo.

O exemplo começa por dentro

A fala de Jaqueline ganha ainda mais força quando ela compartilha sua virada pessoal. “Eu dizia que defendia o bem-estar, mas trabalhava exaustivamente, respondia mensagens fora de hora e negligenciava minha saúde. Até perceber que eu não era coerente.” Essa consciência levou a uma transformação profunda em sua postura: autogestão, limites, disciplina e foco passaram a fazer parte da sua rotina.

E os reflexos foram imediatos na equipe: reuniões mais produtivas, comunicação mais empática e um clima organizacional mais leve. “Não dá para falar de felicidade sem viver isso na prática.”

Facility Manager mais humano, mais estratégico

Para Jaqueline, o caminho está claro: o profissional de Facilities do futuro será cada vez mais um agente de transformação cultural. “Precisamos parar de tratar o bem-estar como bônus. Ele é parte da estratégia.” O cenário atual exige ambientes inclusivos, com escuta ativa, respeito à diversidade, estímulo à criatividade e à autonomia.

“Só assim vamos virar o jogo dos dados alarmantes: segundo a Gallup, 79% dos profissionais no mundo não estão engajados. Isso custa meio trilhão de dólares em produtividade por ano. Estamos falando de um problema global — e de uma solução urgente.”

Mentoria, propósito e felicidade como jornada

Além da atuação em Facilities, Jaqueline também é mentora de carreira. E, nesse papel, leva o mesmo olhar integrador para os profissionais que acompanha. “Felicidade no trabalho começa pelo autoconhecimento. Quando o profissional entende seus valores, forças e propósito, ele constrói uma trajetória mais autêntica e equilibrada.”

A vivência com gestão de ambientes ajuda a traduzir os conceitos em práticas. “Falo com propriedade sobre como o espaço pode favorecer ou prejudicar o desempenho de alguém. Tudo está conectado.”

Por fim, o que Jaqueline Alves propõe não é um modismo de escritórios coloridos e brindes esporádicos. É uma revolução silenciosa — e profundamente necessária — na forma como encaramos o trabalho. Ela nos lembra que a infraestrutura que sustenta as operações também pode sustentar sonhos, saúde, conexões e vidas mais plenas.

E talvez, ao final do dia, a missão do Facility Manager seja justamente essa: facilitar não só o funcionamento do negócio, mas o florescimento das pessoas.

 

 


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