Por Natalia Gonçalves
Desde a compra do primeiro terreno, foram dez anos para o desenvolvimento e construção do Auri Faria Lima. O projeto enfrentou diversos desafios que resultaram, como brinca Renato Auriemo, em “muita queda de cabelo”, mas o empreendimento é a realização de um sonho e um vislumbre da combinação entre o clássico e o moderno.
Segundo Auriemo, a ideia era criar uma arquitetura atemporal. Para isso, a construtora RMA, da qual Renato é sócio, realizou soluções únicas para o empreendimento - desde os caixilhos, fachadas, forros até o inovador sistema de luminotécnica. Como resultado dos investimentos e atenção aos detalhes, o prédio recebeu as certificações LEED Gold e HBC, sendo reconhecido pelo Internacional Properties Award antes mesmo da inauguração.
Hoje, o prédio que, como o nome indica, se localiza no coração da Faria Lima, é conhecido por seus mais de 14.000m de área locável, 2.400m de área para eventos, um teatro com capacidade para 390 pessoas e um restaurante/bar.
Ainda, o edifício utiliza do Sistema de Automação e Supervisão Predial (SASP) que permite monitoramento e controle, de modo centralizado, dos sistemas de elétrica, hidráulica e ar-condicionado. Com oito pavimentos de lajes corporativas, o empreendimento conta com 13.959,97 m² de área locável. Mas, afinal, qual foi o processo para a construção do Auri Faria Lima?
Expansão do terreno e um presente para a cidade
Ao longo da concepção do projeto era comum, por exemplo, o surgimento de referências do exterior para o design do empreendimento. “Então, a gente acabou desenvolvendo soluções similares com fornecedores locais. Isso demandou um trabalho muito intenso e imersivo de todo o time da RMA junto aos fornecedores escolhidos. Realizamos vários protótipos para a fachada, luminárias, forros, acabamentos, pisos e sistema de automação”, lembra Auriemo.
De acordo com o profissional, essa busca incansável pela qualidade fica evidente na entrega do empreendimento, mas, durante todo o processo é normal as pessoas tentarem o caminho mais fácil e simplificarem o produto. O foco na construção do Auri, porém, sempre foi a qualidade e fazer um produto atemporal. Neste sentido, um dos maiores desafios foi a escolha de fornecedores, planejamento de tempo e conseguir manter a equipe motivada.
Para Renato, o atraso na entrega, de um ano, se justifica no comprometimento da construtora em inovar, além da pandemia que enfrentaram no meio da construção. “No nosso caso, como é um prédio atemporal, a gente fez com muita preocupação de ser realmente de fácil manutenção, com poucos problemas pós-obra e, principalmente, para que o usuário entenda e perceba essa característica de ser um prédio único”, comenta.
A RMA preservou a qualidade. “Então, logo que você toma essa decisão, desde o início, de que na dúvida você vai para a qualidade, naturalmente, alguns prazos acabam se esticando”, afirma o empresário. Além disso, outro motivo para o aumento do prazo de entrega foi a intenção de expandir a área verde do empreendimento com a compra de terrenos vizinhos.
“A gente não se arrepende. Sendo bem sincero, foi melhor deixar um ano a mais de construção, privilegiando sempre a qualidade. Tudo o que a gente entregou ou está igual ou está acima do que estava especificado nos projetos originais”, destaca Auriemo. Com relação à possibilidade de expansão do empreendimento, houve a compra de dois terrenos vizinhos para a construção de um jardim que será um presente para a cidade.
Do planejamento a entrega para além do comercial
Há mais de uma década, a RMA iniciou o processo de compras de terrenos para a construção do Auri Faria Lima. Já em 2012, começaram a desenvolver um primeiro projeto, mas, antes, tinham que comprar o terreno que complementava a área. “A gente vinha tentando comprar há muito tempo, era o primeiro terreno que a gente queria comprar, tinha sancionamento, mas a gente não conseguia. Nesse processo, tiveram vários leilões para a compra”, relembra Renato.
Quando chegava o dia do leilão, a família proprietária do terreno brigava entre eles e o leilão não acontecia. Já desgastado de ir até o leilão e ele não acontecer, Auriemo foi convencido pelo irmão, também sócio no empreendimento, a comparecer mais uma vez. Como em uma cena de filme, assim que foi dado o primeiro lance, a família começou a discutir. No entanto, desta vez, o juiz interveio e conseguiu acalmá-los, possibilitando a compra do terreno.
“Assim, a gente conseguiu incorporar o teatro, a área de eventos, o restaurante, e finalmente fazer o projeto que a gente sempre sonhou. Então, acabou demorando um pouquinho mais. A partir do momento que compramos o último terreno, foram seis anos, entre projeto, aprovações e construção”, diz.
Com acesso separado da torre corporativa, o teatro foi a realização de um sonho a parte, sendo uma homenagem à mãe do Renato. Compositora, cantora e escritora, Dulce Auriemo apresentou aos filhos, desde pequenos, o universo da arte. Hoje, o teatro leva o nome dela. Nessa entrega, existe o lado comercial, o aspecto emocional, familiar, mas, principalmente, a intenção de presentear a cidade através do fortalecimento de seu lado cultural.
Prédio inteligente e a felicidade no trabalho
“Queremos oferecer um ambiente de trabalho e convivência gostoso, que ofereça qualidade de vida e que as pessoas possam trabalhar mais felizes”, frisa Auriemo. Desde o início, houve a preocupação com a experiência do usuário, para que o empreendimento fosse eficiente, tecnológico e flexível. Para dar um exemplo, Auriemo fala sobre como o prédio realiza a renovação do ar, de cada andar, em 47 minutos, sendo um dos fatores considerados para a conquista da certificação HBC, que avalia a “saudabilidade” do empreendimento.
Além de todos os cuidados que o Auri Faria Lima oferecerá a seus usuários, uma parceria com a WiseOffices irá complementar e facilitar o dia a dia de seus usuários. O aplicativo de gestão de espaços de trabalho, salas de reunião e vagas de estacionamento vai possibilitar o uso do empreendimento sem fricção, automatizando todos os pontos de contato do usuário, além da prestação de diversos serviços.