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Startup de bots aumenta em mais de dez vezes produtividade de PMEs

Tempo de tarefas operacionais também foi reduzida drasticamente, liberando profissionais para atividades mais nobres

Diferentemente dos chatbots e dos bots disparadores de mensagens em aplicativos e redes sociais, os bots baseados em RPA (Robotic Process Automation) são robôs de software "invisíveis", que rodam lendo telas, usando funções de mouse e teclado como humanos, e que vêm sendo consistentemente empregados na automação de processos em empresas. Soluções robotizadas auxiliam significativamente companhias em suas jornadas de crescimento, motivo pelo qual a automação, especialmente via bots de RPA, vem sendo apontada por pesquisas como uma das maiores tendências no uso de tecnologia para o setor empresarial.

Prova disso são os resultados recentes alcançados pela solução de RPA da startup BotCity em PMEs da área fiscal e de varejo, que diminuíram em mais de 10 vezes o tempo de tarefas operacionais com o uso de bots. Em uma dessas empresas, processos que levavam até 640 horas por mês para serem feitos por equipe, agora são executados em 24 horas por robô.

O mercado de RPA é hoje o que mais cresce na indústria de software. A crise e o isolamento gerados pelo Covid-19 demandou ainda mais do setor de automação robótica, tecnologia que passou a suprir tarefas de backoffice ou repetitivas para liberar os profissionais, em distanciamento ou home office, para atividades decisivas e de maior valor agregado. De acordo com análises da startup BotCity, esse é um mercado que crescia antes da crise cerca de 30% ao ano globalmente, com potencial de atingir 6.2 bilhões de dólares em todo o mundo até 2026.

"Em um momento de crise, é essencial que as empresas consigam fazer análises, construir cenários, inovar e centralizar atendimento em seus clientes internos e externos. Com profissionais afogados em operações e processos repetitivos, boa parte desse trabalho não acontece. Os robôs removem esses gargalos operacionais e integram sistemas, liberando humanos para o trabalho estratégico e voltado para a gestão e para o crescimento", explica Lorhan Caproni, CEO da BotCity. A startup supre a lacuna de levar essa tecnologia para PMEs, num cenário em que todas as empresas e setores precisarão se automatizar. Como prova dessa necessidade, a startup destaca a pesquisa feita Instituto Information Management (lançada em setembro de 2019), que apontou que 89% das empresas entrevistadas pretendem expandir a implantação de RPA nos próximos 12 meses no Brasil.  

Bots em PMEs

Em 2014, quando começaram a se dedicar a fundo a bots e automações, os sócios da BotCity perceberam que, embora as empresas sentissem na pele a dor da falta de automação em diversos processos, o custo de bots e IA era de altíssimo valor para elas, e somente as grandes companhias teriam acesso a esse serviço privilegiado. Esse aprendizado foi a faísca para a criação da BotCity, uma startup que decidiu voltar suas atenções ao uso de bots e automação para negócios em crescimento e, em especial, do middle market. "Focamos no middle market porque nesse segmento estão as empresas que precisam ascender rapidamente e que, embora já tenham time próprio de TI, necessitam voltar todos os esforços para o próprio crescimento, não em desenvolver robôs. Neste momento de pandemia, os robôs blindam a operação das pequenas e médias empresas, evitando perdas, e ajudando-as a se prepararem para o crescimento pós-crise", explica Caproni.

Lorhan Caproni, Cofundador e CEO da BotCity

Com base nessas experiências, a startup desenvolveu uma solução de "Bot as a Service", que permite que a implantação do robô tenha sempre um custo-benefício claro para a empresa. O resultado econômico pode ser identificado no ROI (retorno sobre investimento) por diversas frentes, como em: tempo logístico economizado, erros evitados e melhoria de processos envolvendo clientes e fornecedores, diminuindo lead time de operação e entregando uma melhor proposta de valor. "O impacto é real. Temos clientes que aumentaram em mais de dez vezes sua capacidade de atendimento em demandas digitais e clientes na área de serviços financeiros que conseguem gerar receitas consultivas com um time reduzido, que antes passava metade do seu tempo em uma tarefa operacional e de baixo valor agregado. E um detalhe importante: não temos nenhum cliente em nosso portfólio que demitiu profissionais por conta de nossos robôs", explica Caproni.

Entrando como parceiros que realizam o processamento pesado, os bots liberam as pessoas para o trabalho consultivo, analítico, de auditoria, garantindo eficiência estratégica onde a supervisão humana é realmente indispensável. Robôs são a ferramenta ideal para um backoffice eficiente e tornam-se um investimento atrativo e ideal para pequenas e médias empresas lidarem com crises. Atualmente, dentre as principais áreas beneficiadas pela automação promovida via bots pela BotCity estão: compras e suprimentos, logística, área fiscal e tributária (tax) e financeiro, em aplicações para os mercados de finanças, varejo, logística, construção civil, educação e engenharia. Para viabilizar o acesso a esses benefícios, a BotCity aposta num modelo de negócio que torna acessível às empresas a implantação de diversos robôs nas suas operações. "Criamos um modelo inovador de desenvolvimento 100% remoto, tornando possível hoje o atendimento de clientes de todo o Brasil, mesmo durante o isolamento social. Para conseguirmos alcançar prazos ótimos e uma precificação acessível, que não irá sacrificar o caixa das empresas, temos squads dedicados a múltiplos projetos, formados por desenvolvedores, analistas de suporte e gestor de projeto, que oferecem uma operação enxuta e ágil", informa o CTO da BotCity, Gabriel Archanjo.

O case da RB Distribuidora

Atendendo mais de 180 municípios e 10 mil pontos de venda no estado do Ceará, a RB Distribuidora tem um braço de prestação de serviços logísticos e tinha dificuldade de integrar seu ERP com o ERP do seu principal cliente. Isso fazia com que o processo de emissão de Conhecimentos de Transporte Eletrônico (CTEs) fosse manual, ocupando muito tempo e impedindo a escala de emissão desse documento essencial para liberação do frete. O processo que era manual tinha uma janela crítica de mesmo dia para ser gerado, mesmo com os dados sendo recebidos apenas no final do dia.

Com a implantação do RPA, a validação dos arquivos em lote e a emissão do conhecimento de transporte em sistema TOTVS passou a ser automática e realizada por robôs, aumentando a capacidade do cliente de emissão de 120 CTEs/dia para 1500/CTEs/dia (acima de dez vezes mais), além de tornar o processo de emissão 4 vezes mais rápido e realizar o processos também aos sábados. Com isso, a liberação passou a ser mais acelerada e não há a necessidade de equipe em horas extras para a tarefa ser realizada.

Foto: Divulgação

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