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Planejar para vencer no mercado imobiliário e de infraestrutura

Esse foi o tema do Summit Brasil 2018, conferência que aconteceu em São Paulo, realizada em parceria entre a RICS, o Secovi-SP e a ULI International

Por Larissa Gregorutti 

Evento que aconteceu dia 20 de junho na sede do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), fez parte da RICS Summit Series Americas 2018 que percorreu toda a América do Norte, e teve como missão apontar nesse cenário de rápidas transformações do mercado e de retomada da confiança de compradores, quais as habilidades necessárias para vencer nos setores imobiliário e de infraestrutura.

Estiveram presentes grandes nomes do mercado mundial e local, que participaram de três painéis dedicados a alinhar o tema do evento com questões que envolvem investimentos internacionais e transparência de mercado.

Durante o primeiro painel, os especialistas apresentaram algumas regras de ouro para alavancar investimentos no setor da construção.

Ana Beatriz Monteiro, Presidente da SP Parcerias e Secretária da Secretaria Municipal da Desestatização e Parcerias da Prefeitura de São Paulo, apresentou seis oportunidades de investimento do setor público com o setor privado: o Anhembi, o Estádio do Pacaembu, o Mercado Municipal de Santo Amaro, terminais de ônibus, parques, e fundos imobiliários. Por sua vez, Luis Eduardo Serra Netto, Sócio-Fundador da Duarte Garcia, Serra Netto e Terra comentou o que é preciso para realizar bons investimentos: 1º buscar conhecer os temas jurídicos que estão envolvidas em negócios imobiliários e de infraestrutura; 2º respeitar os personagens e aceitar que o Poder Público tem competência técnica para exercer seu papel; e 3º andar bem acompanhado, ir atrás de especialistas de cada uma das áreas e montar um time de consultoria para trabalhar em conjunto. Fatores esses que diminuem as chances de investimentos darem errado.

Sobre a importância do setor público e o privado caminharem juntos para construir uma sociedade com um melhor desenvolvimento urbano, Adriano Sartori, Vice-Presidente da CBRE Brasil pontuou que o metrô de São Paulo está afastado dos principais centros financeiros da cidade, o que fez com que incorporadores buscassem construir edifícios em locais afastados, resultando na criação de 14 núcleos de escritórios na cidade que dificultam a demanda de infraestrutura nessas regiões.

Por isso, concluiu que os setores precisam trabalhar em conjunto para realizar estações de metrô com desenvolvimento urbano consolidado, verticalizado, ao lado de shoppings, aproveitando toda a infraestrutura existente, sem a necessidade de expandir os núcleos de escritórios na cidade.

O segundo painel abordou a necessidade de ser eficaz ao realizar um bom plano de negócios, que ajuda a alinhar as expectativas dos players e estimular novos investimentos imobiliários. Claudio Bernardes, Presidente da Ingaí Incorporadora apresentou dados importantíssimos sobre densidade demográfica nos grandes centros urbanos e ressaltou que “para planejar o futuro do mercado imobiliário é preciso ter duas questões em mente: a primeira são as mudanças demográficas e como elas vão acontecer, e a segunda, o comportamento socioeconômico da população”.

Apresentando cases de Parcerias Público Privadas (PPP) que deram certo, John D. Busi, Presidente da Valuation & Advisory | Newmark Knight Frank deu uma visão geral sobre projetos icônicos nos Estados Unidos que reorganizaram a cidade, aqueceram o mercado imobiliário e trouxeram segurança e sociabilidade às comunidades locais. É o caso do High Line Park, o jardim suspenso em Nova York, que era uma antiga área industrial e ferroviária que foi reprojetada e hoje funciona um parque linear de aproximadamente 2,5 km construído, que recebe cinco milhões de visitantes por ano e está para receber ainda mais investimentos em hotéis, comércios, e em suas adjacências.

André Clark, Presidente e CEO da Siemens Brasil falou sobre exemplos da Europa como o The Crystal em Londres e concluiu sua palestra afirmando que “a sociedade brasileira passou a entender que infraestrutura não é algo feito para eleger políticos, mas um investimento crucial da poupança nacional (recursos) para o bem-estar de toda a sociedade”.

Por fim, o último painel abordou sobre a importância da criação de cidades inteligentes e sustentáveis, para atrair talentos e investimentos em negócios de infraestrutura.

José Roberto Bernasconi, Diretor-Presidente da Maubertec Engenharia e Projetos tocou em um assunto polêmico referente a falta de continuidade política, que não traz soluções a longo prazo para planejamentos de infraestrutura: “com cada mudança no governo, os projetos são abandonados e reiniciados novamente”, comentou. Em seguida, Marcos Alencar, CEO e Cofundador da Catalizr Tools abordou soluções tecnológicas para aumentar a participação da sociedade nas discussões e decisões sobre infraestrutura, lembrou aos participantes que espaços, como edifícios públicos e comunitários, pertencem ao povo e não ao governo.

Já Venilton Tadini, Presidente Executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) ressaltou que “sem gerar riqueza e infraestrutura adequada, não iremos a lugar nenhum. Infraestrutura não é algo que impulsiona o caminho que a nação deve seguir, mas é a indução do processo de crescimento”. E Renata Ramos, Diretora Brasil, Latac Value & FDI e Cônsul Geral Adjunta de São Paulo do Department for International Trade do Reino Unido, concluiu o evento relembrando o histórico de investimentos britânico ao longo dos anos no Brasil. Falou também sobre a abertura do Reino Unido para investir e acelerar o desenvolvimento de infraestrutura no País, que para se concretizar, devem ter em contrapartida objetivos claros com pipeline de projetos, planejamento e custo/retorno mostrando claramente a atratividade do negócio e garantias ou seja, um ambiente business-friendly capaz de concorrer e competir “em pé de igualdade” com outras oportunidades de negócio no cenário global.

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