19º Congresso InfraFM
 

Millenials no ambiente de trabalho. O que eles realmente querem?

Relatório da CBRE Research sugere que eles não se enquadram na descrição de boa parte dos estereótipos

Arrogantes, volúveis, nunca são totalmente comprometidos. Se você levar a sério os estereótipos sobre os millenials, os verá como os piores colaboradores que pode imaginar.

Para felicidade dos departamentos de Recursos Humanos, um relatório recente da CBRE Research sugere que os millenials não se enquadram na descrição de boa parte destes estereótipos. Contrariando a sua reputação de serem mimados que não param em nenhum emprego, o relatório chamado Millenials: Mitos e Realidades mostra que os millenials têm mais semelhanças com as gerações anteriores do que vem sendo divulgado, particularmente em termos de ética no trabalho e expectativas.

Por exemplo, o relatório, que reúne dados de 7 mil colaboradores da CBRE e 13 mil millenials de 12 países, descobriu que, embora exista uma tendência para a troca de emprego frequente, a maioria dos entrevistados (62%) prefere mudar o mais raramente possível.

O mesmo vale para a imagem de que os millenials esperam começar do topo ao invés de trabalhar para crescer na carreira corporativa. De acordo com o relatório, cerca de dois terços consideram a oportunidade de aprender novas habilidades um fator importante na hora de escolher um novo emprego. Muitos se mostraram dispostos a trabalhar fora do horário e a investir seu próprio dinheiro em treinamentos.

Os empregadores também podem estar falhando em compreender o mais básico sobre as preferências dos millenials nos espaços de trabalho, como o suposto desejo de estar em ambientes mais colaborativos e flexíveis. Como observa o documento da CBRE, "os millenials não nascem desejando ambientes de trabalho colaborativos. Como outras gerações, eles são fortemente influenciados por suas experiências pessoais e pelo contexto cultural de seu local de trabalho". Em outras palavras, assim como nós, se você der a um millenial um escritório privado, ele provavelmente não vai querer devolvê-lo.

Em geral, os millenials parecem valorizar a qualidade dos seus ambientes de trabalho. Quase 70% dos entrevistados responderam que trocariam diversos benefícios para ter um local de trabalho melhor. Em alguns casos essa troca seria significativa. Por exemplo, 7% responderam que aceitariam receber um salário menor para trabalhar em um escritório melhor, enquanto 8% aceitariam comprometer suas perspectivas de promoção.

Dos entrevistados, 21% disseram que aceitariam percorrer um trajeto mais longo para trabalhar em um escritório melhor, enquanto 23% preferiam mudar para uma empresa menor ou menos conhecida.

Um dos estereótipos que parece ser correto é a preferência dos millenials por centros urbanos: 75% dos entrevistados trabalham em grandes cidades e menos de 10% em parques industriais ou regiões rurais.

Um olhar mais apurado, porém, sugere que os millenials não são exatamente como pensam que são. Mais da metade dos entrevistados (55%) disse que considera bastante ou muito atrativo morar em uma cidade pequena ou média, embora 63% diga o mesmo sobre as grandes cidades. O relatório observa que isso pode ser uma oportunidade para os empregadores localizados fora dos principais centros urbanos, particularmente porque os subúrbios e as pequenas cidades tendem a oferecer custos de vida menores.

Em qualquer caso, descobrir o que motiva os millenials é mais do que um exercício intelectual. Millenials devem representar aproximadamente metade da força de trabalho global até 2020. Isso significa que, em poucos anos, os millenials deixarão de ser uma curiosidade nos ambientes de trabalho e se tornarão uma parte usual dos negócios.

Fonte: CBRE Brasil

​Foto: Officesnapshots

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Valdireni Crippa

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