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Descubra os tipos de falhas humanas mais comuns nas corporações

Segundo o guia mais conhecido por gestores no mundo

Na manhã de 16 de abril de 1947, ocorreu uma gigantesca explosão no Porto de Texas City, Estados Unidos, causando a morte de 581 pessoas e devastando grande parte da cidade no acidente que ficou conhecido como o Desastre de Texas City (Texas City Disaster). Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, em Chernobyl, durante um teste de segurança que estava em curso, houve uma explosão, seguida de um incêndio no reator 4, causando o maior desastre nuclear da história, tanto em termos de custo, quanto de baixas. Por sua vez, em 6 de julho de 1988, Piper Alpha, uma plataforma situada no mar do Norte, a aproximadamente 200 km a Noroeste de Aberdeen, na Escócia, ficou em evidência por causa de uma série de falhas sistêmicas que culminou na morte de 167 pessoas, perda de bilhões de dólares e destruição total da base.

O que essas três tragédias têm em comum? A resposta é: falha humana.

Nos Estados Unidos, a HSG48, desenvolvida e publicada pelo Health and Safety Executive em 1999, é considerada um guia para gestores e profissionais de saúde e segurança, por estar totalmente voltada à redução de falhas e por estimular um melhor comportamento nos ambientes corporativos. A obra define assim as falhas humanas mais comuns nas corporações:

Deslizes: são as "ações que não saem como o planejado". Geralmente ocorrem durante uma tarefa familiar. Por exemplo: pressionar o botão errado.

Lapsos: quando a pessoa esquece de realizar um passo em um procedimento. É comum acontecer em indivíduos altamente treinados, inclusive, e na maioria das vezes, se dá porque quem executa a tarefa não está concentrado no que está fazendo.

Erros de julgamento ou tomada de decisão: nestes casos, pessoas fazem a coisa errada pensando estar fazendo o que é certo. É comum ocorrer em situações em que o indivíduo não sabe a maneira certa de realizar um trabalho, seja por ser novo ou inexperiente, ou porque não foi devidamente treinado (ou ambos).

Violações (não conformidades, evasão e atalhos): são falhas intencionais, mas normalmente bem-intencionadas, em que a pessoa não realiza o procedimento correto. Muitas vezes ocorrem quando o equipamento ou tarefa foi mal projetado e/ou mantido. Pressão dos pares, regras inviáveis e compreensão incompleta podem dar origem a violações.

Maliciosos: sabotagem. A pessoa comete o erro intencionalmente para prejudicar um departamento ou toda a empresa.

Como se não bastasse a falha humana nas empresas, de acordo com a organização internacional sem fins lucrativos da Califórnia, Six Seconds, dedicada à conscientização da "inteligência emocional", há um outro fator intrínseco a ela, que contribui sobremaneira para as dores organizacionais no mundo todo: a falta da gestão de mudanças. A razão?

Porque, segundo a Six Seconds, a mudança é difícil. Simples assim: os esforços de mudança são recebidos, frequentemente, com resistência e não tão bem-sucedidos quanto as organizações gostariam que fossem. Isso se dá porque o cérebro humano não gosta de mudanças, uma vez que mutações são entendidas como perigo. Pesquisadores já descobriram, inclusive, que as pessoas preferem saber que algo ruim vai acontecer do que enfrentar a incerteza. E a mudança, claro, é o principal movimento para a insegurança.

O que fazer para reduzir as falhas humanas?

Mas, o que fazer então para reduzir as falhas humanas e contribuir para que as pessoas comecem a aceitar a mudança de forma mais natural? Segundo o CEO da Run2Biz, Ricardo Masstalerz, a aposta se dá na automação dos processos, cujo propósito não é ser uma substituta do trabalho das pessoas. Ao contrário: seu objetivo é simplificar e acelerar as tarefas e atividades de uma empresa. O resultado são ações mais assertivas, dados mais concisos, ganho de produtividade e eliminação dos erros humanos nas tarefas que se repetem.

"O primeiro passo é entender a automação de processos como uma aliada no melhor uso da capacidade intelectual, reduzindo as tarefas repetitivas e manuais das pessoas, onde a concentração é mais fácil perder", pontua.

Ricardo Masstalerz, CEO da Run2Biz, ressalta que, na automação de processos, o trabalhador continua sendo peça integrante do processo, e quanto mais capacitado ele for e integrado aos processos de automação, maior o ganho em produtividade, tanto para ele, quanto para a empresa. "Adotar novas tecnologias é um estímulo à qualificação, que é o maior ativo de uma empresa, e ao investimento. Resumindo: a automação de processos gera maior agilidade na gestão de mudanças e agrega valor para a equipe, assegurando um serviço de melhor qualidade, com custo e tempo reduzidos", conclui. 

Ricardo Masstalerz, CEO da Run2Biz.

Foto: Divulgação


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