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Primeira estação de trem sustentável do Brasil, na Marginal Pinheiros

O projeto é patrocinado pelo Santander e aborda 14 iniciativas sustentáveis

O Santander Brasil assumiu a revitalização da estação Vila Olímpia da CPTM, transformando-a na primeira estação de trem sustentável do País. A iniciativa, realizada em parceria com o governo do Estado de São Paulo e a Secretaria de Transportes Metropolitanos, foi apresentada à população no dia 01 de junho, início da Semana Mundial do Meio Ambiente.

Localizada na Marginal Pinheiros, a poucos metros da sede do Banco, a estação recebeu um conjunto de 14 iniciativas sustentáveis que aumentarão a eficiência no uso de recursos naturais e vão melhorar a qualidade da experiência mais de 35 mil de passageiros que circulam no local a cada dia útil (média alcançada antes da pandemia). A partir de agora, a própria estação será responsável por gerar, captar ou reaproveitar a maior parte dos insumos necessários para sua operação. E poderá ser até 100% autossuficiente nos meses em que houver disponibilidade de sol e chuva na medida certa.

Além de patrocinar toda a obra de revitalização, o banco será responsável pela manutenção mensal da estação durante três anos. Espalhados em diversas áreas, painéis informativos vão mostrar à população qual é a economia de água e luz, além do volume de materiais recicláveis coletados pelo banco mensalmente.

Os projetos de engenharia e arquitetura da reforma e transformação da estação Vila Olímpia serão disponibilizados integralmente para que outras empresas possam reproduzir o modelo em outros locais. A partir de hoje, o Santander veicula uma campanha publicitária para apresentar essa revitalização e convidar outras empresas a conhecer o projeto. O filme, assinado pela Suno United Creators, 02 Filmes e Tentáculo Áudio, é narrado pela baiana Anna Luísa Beserra, primeira brasileira a vencer o prêmio Jovens Campeões da Terra, principal premiação ambiental das Nações Unidas para jovens entre 18 e 30 anos. O vídeo ainda anuncia condições especiais da linha de financiamento do Banco para a implantação de energia fotovoltaica em residências e propriedades comerciais urbanas e rurais.

"É mais do que oportuno para nós entregar este presente a São Paulo na Semana Mundial do Meio Ambiente. Trouxemos para a Estação Vila Olímpia algumas das mais modernas soluções existentes para mitigar o impacto ambiental de suas operações. Queremos que este espaço seja uma vitrine que inspire outras empresas e governos para que iniciativas semelhantes se espalhem por todo o País", afirma Patricia Audi, vice-presidente executiva de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil.

Melhorias Foram instaladas 234 placas solares sobre a cobertura do local. Juntas, elas geram em média 8.500 Kw/h de energia por mês, o que permitirá zerar a conta de energia elétrica da estação Vila Olímpia, hoje em torno de R$ 300 mil por ano, montante que deixa de ser custeado pelo setor público.

Um sistema para captação e armazenagem de 46 mil litros de água para reúso permitirá a economia de mais de 150 mil litros por mês. O volume será utilizado nos banheiros da estação, reformados pelo Santander para não poluir o Rio Pinheiros. Depois do uso sanitário, o líquido passa por um processo de purificação que é realizado pelas raízes das plantas localizadas ao redor dos trilhos. Esse método filtra as impurezas, e torna a água própria para uso na rega dos jardins de toda a estação.

A estação ganhou um novo bicicletário, com capacidade para 90 bicicletas. Com ele, será possível evitar a emissão de 360 kg de CO2 diariamente. O cálculo considera que cada bicicleta representa um carro a menos circulando na cidade e que cada veículo emite, em média, 4 kg de CO2 por dia. Para facilitar o transporte de bicicletas nas escadas, foram instaladas canaletas exclusivas nas laterais, e pontos de recarga para bicicletas elétricas foram disponibilizados na estação.

Entre as propostas adotadas está também a instalação de estações de coleta seletiva de lixo, produzidas com a reciclagem de tubos de pasta de dente, bebedouros, bancos com pontos de carregamento USB, e marquise de proteção contra a chuva, todos produzidos com madeira reciclada, e a recriação do paisagismo da estação. São 1.454 m² de área verde, incluindo o plantio de árvores no jardim central e inúmeros paredões verdes, localizados dentro e fora da estação, compostos por nove espécies nativas capazes de reduzir a temperatura, melhorar a qualidade do ar e atenuar o odor do Rio Pinheiros.

Ao lado das catracas, adesivadas com a cor do banco Santander, estará o LAB, espaço de convivência com assentos para descanso, pontos para recarga de celular. Painéis trarão explicações sobre o funcionamento das placas de energia solar, a captação de água da chuva e o tratamento do esgoto dos banheiros, além de informações sobre desmatamento e transportes alternativos. Um mural do artista Eduardo Kobra reproduz, em grafite, uma foto de remadores no Rio Pinheiros na década de 1950.

Entre os projetos do banco Santander para melhoria dos espaços públicos estão a parceria com o IFC, ligado ao Banco Mundial, para financiar o projeto de despoluição do Rio Pinheiros; a revitalização da ciclovia da marginal Pinheiros, com a criação da Parada Santander, um ponto de apoio ao ciclista; a criação do Farol Santander, prédio que abriga o centro de cultura, entretenimento e empreendedorismo no centro histórico de São Paulo; e a instalação de um painel de arte no Quarteirão de Investimentos, como foi batizada a área do entorno da Rua João Brícola, que também terá o seu calçadão reformado.

Fotos: Divulgação.


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