Por Larissa Gregorutti
Neste momento de isolamento forçado por conta do novo coronavírus, a comunicação tem ganhado força e se mostrado uma ferramenta poderosa para que as empresas possam sair da crise e se preparar para o futuro.
Uma live promovida pelo Tiago Alves da Regus & Spaces com Gustavo Favaron do GRI Club teve justamente essa proposta, discutir sobre o mercado imobiliário diante o cenário mundial de pandemia.
Algumas questões importantíssimas para o momento foram levantadas:
- O tempo de duração da crise;
- Se nos próximos meses vai haver alguma mudança na lei de incorporação, construção, locação;
- Se as experiências de home office que muitas empresas estão vivendo agora podem impactar na forma como elas vão ocupar espaço no futuro;
- Se o mercado imobiliário começa a comprar o conceito de e-commerce pós crise entre outros assuntos.
Confira o ponto de vista dos executivos sobre os temas abordados:
Segundo Tiago, essa é a primeira vez que o fator principal de uma crise não é um ativo, mas sim o ser humano. "A crise político-econômica que teve início em meados de 2014, por exemplo, ninguém imaginava que seriam 3 anos e meio ruins como foram. Porém, desta vez ela tem data de início, meio e fim para acabar. Mas o mundo pós crise certamente vai ser bem diferente", pontuou o CEO da Regus & Spaces.
Para Gustavo Favaron, existe um consenso que esse cenário dure de 2 a 3 meses, a certeza, porém, é que todas as empresas devem se preparar para a recessão que vai acontecer após esse período.
O CEO da GRI Club também comentou que acredita que o Senado está estudando algum tipo de abono ou suspensão de pagamento para os próximos meses na lei de incorporação, construção e locação. Segundo o especialista, o volume de emprego gerado por esses setores é muito alto e não tem como o governo não intervir no sentido de preservar os empregos gerados por essas empresas, e completou: "Na França, Alemanha, Inglaterra, EUA e uma série de outros países, o que temos visto são governos intervindo de maneira robusta na economia, para que as empresas continuem vivas. Então é um belíssimo desafio e nós esperamos que governo e o congresso ajam de maneira muito rápida para que o Brasil não fique para trás."
A partir deste momento as empresas também vão rever o quanto de espaço elas precisam na prática. "O que foi feito agora é um 'home forced', obrigando as pessoas a trabalharem em casa; não é um home office", comentou Thiago. Além disso, as empresas vão conhecer o valor de um escritório parado, o valor da gestão destes espaços, do metro quadrado para dar manutenção etc.", explicou Gustavo.
Segundo ele, as companhias - a partir deste momento - vão reduzir quadros de funcionários, novas empresas vão surgir neste contexto de revolução digital, o que vai privilegiar um pouco o trabalhar de casa, mas quando tiver um escritório, que seja algo mais flexível.
Por fim, Thiago comentou que o brasileiro tem uma característica que ninguém aluga ou compra algo sem ver, é o tal ver para crer. Mas durante esse período de quarentena, as pessoas terão que se reinventar. "É o corretor de imóvel tentando fazer tour virtual, tentando vender uma casa de maneira digital, e o comprador tentando se adequar a essa nova tecnologia", afirmou.
Sobre essa mudança de postura do setor, Gustavo finalizou que comprar o conceito de e-commerce pós crise será fundamental. "Os shoppings estão mais próximos deste modelo online, mas o mercado imobiliário não tem como fugir disso. Ou se adapta ou não tem como sobreviver".
INFRA FM Talks com Tiago Alves no dia 13/04.
Confira também a participação do Tiago Alves em um bate-papo descontraído com a Léa Lobo, Diretora de Conteúdo da INFRA FM no INFRA FM Talks. Entre os assuntos abordados, o executivo vai comentar sobre os impactos desta crise no universo de coworking.
Como o próprio Tiago diz: "Quando me perguntam sobre como ficará agora o futuro do coworking, eu afirmo, o futuro é o coworking!". Saiba mais o porquê na próxima edição do INFRA FM Talks.
Foto: Divulgação