82,65% dos médicos usam tecnologias na assistência aos pacientes

Vale a pena olhar para esses índices, uma vez que a telemedicina pode demandar apoio da equipe de infraestrutura e serviços hospitalares

Notícia publicada em 16 de abril de 2019

Seja para observação dos pacientes ou para otimizar as consultas, os médicos do estado de São Paulo têm as novas tecnologias incorporadas ao seu dia a dia. Hoje, são 82,65% os que registram usá-las em seus consultórios, clínicas ou hospitais. 

Os dados são de pesquisa inédita da Associação Paulista de Medicina e do Global Summit Telemedicine & Digital Health, realizada entre 15 e 25 de março de 2019. O intuito do levantamento, com 1.614 entrevistados, foi compreender melhor como os médicos paulistas reagiram após o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicar, em 7 de fevereiro, a Resolução nº 2.227/2018, que definia e disciplinava a Telemedicina, e revogá-la no dia 22 do mesmo mês.

A APM tem o entendimento de que é urgente normatizar a Telemedicina no Brasil, já que hoje, as regras válidas datam de 2002, ou seja, vácuo de uma eternidade, se considerada a velocidade dos avanços das tecnologias em Saúde e da própria Medicina. Essa necessidade de normatização célere é confirmada pela opinião de 98,7% dos médicos, concordando que as soluções digitais trazem avanços para o atendimento aos pacientes.

Segundo 91,39%, os hospitais ou instituições nos quais trabalham já fazem uso dessas tecnologias. Mesmo assim, há uma divisão de prós e contras entre os pesquisados quando chamados a se posicionar sobre teleconsultas e teleprescrições.

São 50,74% os favoráveis à prescrição eletrônica, após consulta presencial, enquanto 49,26% se manifestam contrariamente. Por outro lado, 45,04% concordam com consultas a distância, após uma presencial, e 54,96% não.

Os profissionais de Medicina, em sua maioria, 78,69%, também veem com bons olhos a utilização do WhatsApp e ferramentas semelhantes na relação com os pacientes. Além disso, das 1.614 respostas, 67,66% concordam com a frase "A tecnologia não vai substituir o médico, mas pode substituir o médico que não usa tecnologia". São 83,89% os que acreditam que os aparelhos celulares serão capazes de funcionar como guardiões da saúde, possibilitando que as pessoas monitorem certos aspectos da saúde em suas próprias casas.

Também é expressivo, 84,57%, o grupo favorável a que as informações de saúde dos cidadãos sejam disponibilizadas em nuvem digital, com proteção de dados, mas acessíveis aos médicos. Aliás, 93,68% entendem que o compartilhamento de informações pode ser benéfico aos profissionais, aos pacientes e ao sistema.

Sobre a forma como o Conselho Federal de Medicina produziu a Resolução nº 2.227/2018, existe uma insatisfação evidente. 76,52% dizem que os médicos não foram devidamente consultados, ou seja, a percepção é a de que o debate deveria ter sido bem mais aprofundado.

É negativa ainda a percepção sobre o tratamento que o Mistério da Saúde dispensa ao tema, historicamente. 93,06% dizem que o MS não dissemina as novas tecnologias com a agilidade que deveria. Assim, fica fácil compreender porque 92,87% acham que países como Japão, Alemanha e Estados Unidos estão bem à frente do Brasil na incorporação de ferramentas digitais positivas à boa prática da Medicina.

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