Notícia publicada em 9 de janeiro de 2019
Como forma de ajudar a difundir a utilização de tubos corrugados em PEAD em projetos de drenagem e facilitar o trabalho dos engenheiros projetistas e de construtoras, foi desenvolvida uma ferramenta que auxilia esses profissionais na elaboração e dimensionamento de sistemas de drenagem. Essa ferramenta, ou plugin como é mais usualmente conhecida, desenvolvida para o ambiente BIM, gera ganhos significativos de produtividade, agilidade na elaboração de soluções alternativas, maior confiabilidade e maior precisão das informações.
O BIM (Building Information Modeling) é uma metodologia de trabalho que permite integrar as informações da planta de construção com os dados de cada elemento que faz parte desse projeto, durante todo o ciclo de vida da obra. Algumas das vantagens que a metodologia oferece é a melhoria na visualização, na produtividade devido a fácil recuperação de informação; na coordenação de documentos da construção; ela incorpora e integra informações vitais, como materiais específicos, localização de detalhes e quantidades requeridas para estimativa de custos.
Atualmente, existem no mercado inúmeras plataformas de trabalho para a utilização do BIM em ambiente de modelagem 3D, entre elas o Autodesk AEC Collection, Bentley AECOsim Building Designer, Archicad, VectorWorks, Tekla Structures, Cype, TecnoMETAL, ArCADia BIM entre outras. Dentre essas plataformas, é possível o desenvolvimento de plugins personalizados para a realização de tarefas específicas que otimizam e facilitam a modelagem 3D, os cálculos e os detalhamentos.
Após um estudo sobre a realidade do mercado brasileiro para os projetos de drenagem, realizado pelo consultor da Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas (ABPE) e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da ferramenta BIM, o engenheiro da SMPLAN Engenharia, Samuel Maimoni, chegou-se à conclusão que a melhor escolha seria optar por desenvolver os plugins nas plataformas Autodesk. "Na pesquisa que fizemos, descobrimos que mais de 80% dos escritórios de engenharia desenvolvem seus projetos de drenagem em ambiente 2D, bem distante da realidade BIM, utilizando o Autocad da Autodesk. Isso nos fez dar um passo atrás e, ao invés de desenvolver uma ferramenta voltada às várias plataformas da Autodesk, optamos inicialmente por uma ferramenta que atendesse a esse mercado 2D do Autocad. Para não deixarmos de lado o conceito BIM, desenvolvemos também um plugin para o REVIT", explica Maimoni.
Maimoni ressalta ainda que o plugin permite aos projetistas o ganho de produtividade no cálculo e detalhamento dos projetos de drenagem. Ele gera todos os quantitativos do projeto (metragem dos tubos por diâmetro, volumes de escavação e reaterro, quantidade de caixas de passagem, poços de visitas, entre outros), com a devida memória de cálculo e a lista de materiais para cotação. Todas essas informações permitem que o projetista possa visualizar os benefícios em relação aos tubos fabricados em outros materiais. "Dessa forma é possível ter os dados reais da utilização do PEAD e não mais uma mera estimativa para comparação com a solução em outros materiais".
Como forma de incentivar a utilização do BIM no setor público, foi publicado em 17 de maio de 2018, o decreto Nº 9.377 que tem como objetivos: difundir o BIM e seus benefícios, coordenar a estruturação do setor público para a adoção do BIM, criar condições favoráveis para o investimento, público e privado em BIM, estimular a capacitação em BIM, propor atos normativos que estabeleçam parâmetros para as compras e as contratações públicas com uso do BIM, desenvolver normas técnicas, guias e protocolos específicos para adoção do BIM, desenvolver a Plataforma e a Biblioteca Nacional BIM, estimular o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias relacionadas ao BIM e incentivar a concorrência no mercado por meio de padrões neutros de interoperabilidade BIM.
De acordo com Maimoni, o BIM já faz parte do currículo de engenharia nas melhores universidades do Brasil há alguns anos, havendo inúmeros trabalhos científicos produzidos sobre esse tema. Porém, uma das maneiras de divulgar a ferramenta, e incentivar sua utilização, é aumentar sua divulgação no meio acadêmico, incentivar a participação dos estudos em eventos de engenharia, como o PICPLAST, e divulgar o tema em revistas especializadas. "O BIM não é mais uma tecnologia do futuro, mas uma realidade que deve ser vista como oportunidade e não como obstáculo. Quem não se adequar a ela, terá o mesmo destino que os projetistas que não abandonaram a prancheta e o nanquim", conclui.
O download pode ser feito gratuitamente no site da Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas - ABPE.