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PIB deve atingir 2.5% em 2019

Mesa Redonda do Secovi-SP reforça a importância do setor imobiliário para o desenvolvimento da economia e redução do desemprego

Notícia publicada em 5 de dezembro de 2018

Por Léa Lobo

Mesa Redonda 2018 Secovi-SP: (da esq. p/ dir.:) Rubens Ricúpero (ex-ministro da Fazenda e diplomata), Rodrigo Luna (presidente da FIABCI), Fernando Mitre (jornalista e diretor da Rede Bandeirantes) e Basilio Jafet (atual presidente interino do Secovi-SP)

Na tarde desta terça-feira (4/12), em evento de final de ano do Secovi-SP e da Fiabci-Brasil, empresários e profissionais do setor imobiliário e a imprensa puderam conferir uma Mesa Redonda de peso, composta pelo jornalista e diretor da Rede Bandeirantes, Fernando Mitre, pelo ex-ministro da Fazenda e diplomata Rubens Ricupero, que sob a mediação do Presidente da Fiabci, Rodrigo Luna, e de Basilio Jafet, Diretor de Relações Institucionais do Secovi-SP, debateram o atual cenário nacional e as perspectivas para 2019.

Rodrigo Luna abre a mesa e comenta que a situação do setor imobiliário foi muito difícil nesses últimos anos em que o principal insumo do setor - a confiança - só foi ladeira abaixo. "Quem de forma racional assume uma dívida de longo prazo numa economia instável? Somos profissionais muito fortes e acredito que precisamos resgatar o orgulho do País, queremos ser reconhecidos pelas nossas causas, por nossas realizações, por nossas conquistas. O Brasil há muito anos é o país do futuro, agora a sociedade civil precisa resgatar com união e proatividade para transformar o potencial do Brasil numa efetiva realidade", sintetiza.

Dando sequência ao speech de Luna, Basilio Jafet inicia sua fala alterando o ditado: there is no free lunch (não há almoço grátis); na verdade o momento do país é de there is no lunch (não há almoço). "Esperamos que tenhamos perspectivas melhores do que um ano atrás frente a todas contingências que o país viveu. Sentimos uma onda de otimismo neste momento, com a retomada de investimentos, as vendas do setor imobiliário começaram a acontecer, tivemos resultados melhores do que o esperado neste 2º semestre. Estamos ansiosos para que o círculo virtuoso tenha continuidade, mas o setor produtivo como um todo precisa mudar de atitude, não só cuidado de suas empresas, mas é necessário que os empresários voltem a participar do cenário político, para compartilhar de suas experiências e contribuir na construção de um Brasil realmente promissor.

Entre os empresários participantes do evento estavam: José Roberto Bernasconi (conselho diretor), Fernando Jardim Mentone (presidente), ambos do SINAENCO; e a diretoria da Atlas Schindler: Carlos Augusto Junior (Diretor de Pessoas e Comunicação Corporativa), Flavio Silva (Presidente), Renato Finoti (Diretor de Novas Instalações e Contas Estratégicas) e Felipe Kops (Diretor de Operações Sul e Sudeste)

Já o diplomata Rubens Ricupero diz que agora é um pouco mais fácil falar da economia futura, uma vez que temos a questão das eleições resolvida, o que se traduz em uma atmosfera de maior confiança no país e que ele acredita ter uma certeza razoável de continuidade e que poderíamos estar em melhores condições, mas que não estamos mal.

"Este ano a economia cresce por volta de 1.4% ou 1.5%, pra um país que teve uma queda extraordinária e que chegou ao fundo do poço no final de 2016... A recuperação das duas últimas crises do Brasil foi mais rápida e dessa vez está demorando muito mais, porque a natureza do golpe foi muito mais profunda e, sobretudo, a situação das contas públicas ficou muito mais difícil de corrigir. O Brasil foi deixado com um déficit total de 10% do PIB (final do Governo Dilma Rousseff). Agora, o atual governo fez um bom trabalho e está nos deixando com um déficit nominal de 7.5%. Desse total, 2% é o déficit das despesas do que o governo gasta e o resto diz respeito às despesas de juros da dívida pública. "A conclusão é que o maior problema que o governo vai enfrentar aponta para que os 80% da dívida pública cresça na velocidade atual e o que alimenta esta dívida é basicamente a previdência social, daí a necessidade absoluta de encerrar este problema com bastante prioridade", detalha Ricupero.

O ex-ministro da Fazenda e diplomata comenta ainda que temos uma inflação de 4% a.a., que a moeda resistiu e que a inflação desse ano deve ser um pouco abaixo de 4%. "Para 2009 teremos uma inflação baixa para os nossos padrões, com uma taxa de juros moderada. Temos uma indústria com um quarto de sua capacidade instalada ociosa, que reflete no desempenho do setor. Teremos ainda um desemprego com pequena desaceleração, mantendo os dois dígitos, abaixo dos 10%; isso reflete no negócio imobiliário que é sensível à taxa de desemprego.

"A previsão é que passaremos de um crescimento de 1.5% para 2.5% do PIB para 2019 - razoável, não é ruim. O governo deixa um legado que é apreciado, comparando ao que ele tinha herdado da presidente Dilma e, sob este ponto de vista, o governo novo começa bem, porque os problemas econômicos estão bem equacionados, sem ter comprometido a inflação. Agora só falta a confiança do investimento para irmos além de 3%, 3,5%, 4% ou 4,5%, que significa um número razoável porque a população brasileira está crescendo menos. Os setores imobiliário e da construção são fundamentais para atrair investimentos e reduzir a taxa de desemprego. Para tanto, precisa de investimento para que a recuperação seja maior e para isso o novo governo deve levar adiante as novas reformas, tendo aí o que se considera um "empecilho" que é a questão dos interesses dos deputados no congresso".

Para finalizar, o jornalista e Diretor da Rede Bandeirantes, Fernando Mitre, relembra a fala de Ricúpero quanto as questões das reformas necessárias e de enfrentar o déficit público que é o maior desafio neste momento e que precisa ser resolvido. Para ele, há um grande otimismo e expectativa no país. Acredita que o novo governo trabalhará com o congresso de maneira eficiente, pois precisam aprovar matérias importantes, como a da previdência, e ao mesmo tempo, praticar uma política diferente do passado (do toma lá da cá, da chantagem). Segundo Mitre, o modo de como o ministério está sendo montado, passando ao largo das questões partidárias, já está tratando com as temáticas corporativas, que são cruciais para o país. O grande problema do país é um problema político sobre o mérito do que realmente precisa ser votado, pois se discutem as benesses individuais políticas, sem votar os projetos essenciais para o desenvolvimento do país.

Para Mitre, o que o novo governo já está propondo é uma rejeição a uma política antiga, para um novo modo de fazer política. "A importância de aprovar as reformas e o modelo de atuar sobre isso, que é novo, eu acho que é possível. É preciso maestria na gestão do novo governo e dos novos articuladores políticos para alcançarmos este objetivo", destaca.

Flavio Amary para Secretaria da Habitação

Flavio Amary até então presidente do Secovi-SP, passará a ocupar a Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo no governo João Dória

Durante o evento, realizado na sede do Secovi-SP, também foi anunciado que o governador eleito, João Doria, convidou o atual presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, para ocupar a Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo. Em seu segundo mandato consecutivo à frente do Secovi-SP, instituição que representa o setor imobiliário em âmbito estadual, Amary, que atua no segmento desenvolvimento urbano e loteamentos em Sorocaba (SP), afirmou estar o honrado com o convite.

"Aceitei com muito entusiasmo a missão que me foi conferida pelo governador João Doria. Há 27 anos atuo na entidade e no setor com o objetivo de promover a moradia. Tudo que desejo é corresponder à responsabilidade que o cargo enseja. Uma missão que abraço na certeza de fazer o melhor possível por todos os que almejam um teto e uma oportunidade de trabalho. O secretariado de Doria é integrado por pessoas de grande conhecimento e imbuídas do sincero compromisso em promover o crescimento sustentado. Poder fazer parte desse time é inspirador", comenta o então presidente do Secovi.

Para assumir a secretaria, a partir de 31 de dezembro, Amary licencia-se da presidência do Secovi-SP, tendo indicado à Diretoria Executiva para substituí-lo na função Basilio Jafet, atual vice-presidente de Relações Institucionais da entidade.

Fotos: Divulgação

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