Notícia publicada em 2 de outubro de 2018
O Gerente de Facilities (ou Facilities Manager, se preferir) João da Silva chega no seu escritório, liga o computador e vê as mensagens de rotina na tela do sistema. Alguns itens atingiram o estoque mínimo e as ordens de compra foram enviadas automaticamente aos fornecedores. Um contrato precisa ser ajustado com o cliente porque o consumo de horas ultrapassou o máximo previsto. Alguns gráficos indicam o desempenho de cada setor.
João olha para a tela e lembra de alguns anos atrás, quando essas informações exigiam centenas de horas de trabalho para fazer checagens e preencher planilhas, coisas que hoje são realizadas em segundos pelo sistema à sua frente.
De repente, seu pensamento é interrompido por um alerta sonoro e uma mensagem que pisca em vermelho no centro da tela: "a cabine 3 do banheiro masculino do segundo andar parece estar com problemas". O sistema pede autorização para mudar a ordem de serviços daquele dia e enviar uma pessoa para verificar a situação imediatamente.
Ele clica em "OK" e automaticamente a agenda da equipe é ajustada. Nos próximos minutos, alguém do time mais próximo da manutenção em campo vai pegar o seu celular para marcar a conclusão do serviço atual e verá o próximo ponto da rota. Quando chegar lá descobrirá a válvula que está quebrada e providenciará o conserto. Problema resolvido!
João sorri. A empresa acabou de economizar algumas centenas de reais em consumo de água, reduziu em 25% as filas do banheiro (das quatro cabines, apenas três estavam operando) e aumentou proporcionalmente a satisfação dos usuários com a limpeza do local, um dos indicadores que precisa atender para evitar multas ao contratante.
Esse cenário futurístico, com computadores funcionando como uma central de controle da NASA e ações sendo realizadas automaticamente com precisão suíça, já é realidade. Hoje existem formas de ter esse tipo de controle em praticamente qualquer empresa e por valores totalmente dentro do orçamento usual. O caso acima, por exemplo, foi descrito tendo em mente sensores que custam pouco mais de R$ 50 e permitem calcular o consumo de água por meio da vibração dos canos.
Como não precisam de nenhuma instalação especial, podem ser instalados rápida e facilmente por qualquer funcionário da manutenção. Funcionam de forma autônoma (usam baterias de baixíssimo consumo que duram de sete a dez anos) e podem ser fixados externamente com uma braçadeira comum ou até com fita dupla face. Quando acionados, enviam automaticamente informações sobre o fluxo de água daquele ponto com base na vibração do cano.
A cada minuto o sistema recebe a informação e, em pouco tempo, aprende qual é o "estado normal" daquela instalação a partir das diversas medições e do comportamento dos demais sensores. Sempre que algo sai da curva de normalidade como, por exemplo, quando a cabine não é usada por muito tempo durante o horário de expediente ou se os demais sensores indicam haver um consumo superior à média enquanto esse aponta uma redução no mesmo período, o sistema "percebe" que há um problema e envia um alerta para a central de controle.
Só que não basta ter o sensor se ninguém sabe interpretar a informação que ele gera e seria impossível (ou no mínimo muito difícil) alguém ficar analisando os dados recebidos por centenas de sensores para identificar, manualmente, alguma anormalidade (além de exigir um conhecimento técnico que os gerentes de facilities normalmente não têm). Quando os dados são analisados por um sistema inteligente que aprende a identificar o comportamento "anormal", é possível enviar aos operadores um alerta em "linguagem humana" e apenas em casos fora do comum.
Essa é a realidade hoje. Você pode ter isso na SUA empresa. Sistemas integrados de gestão (ERP) podem ser acoplados a dispositivos autônomos e de baixo custo em áreas como limpeza e conservação, terceirização de mão de obra, projetos de engenharia e uma infinidade de outras aplicações.
O problema é que se os novos materiais, equipamentos e tecnologias não puderem ser aplicados usando-se a infraestrutura, as pessoas e os conhecimentos existentes, a inovação acaba não sendo implementada. As lâmpadas de LED só "emplacaram" porque usam soquetes iguais aos das lâmpadas incandescentes. Você imagina o que aconteceria se as empresas tivessem que trocar toda a sua instalação para mudar o tipo de lâmpada? Eu digo: estaríamos usando lâmpadas de alto consumo até hoje. Por isso, adaptar a inovação aos sistemas legados é fundamental para viabilizar a adoção.
Um estudo junto a empresas de segurança, por exemplo, sugeriu que um problema crítico desse setor é o uso indevido das armas pelos agentes fora do horário de serviço. Das várias soluções a que pegou mais rápido foi a inserção de um sensor de movimento dentro dos equipamentos de tal forma que ao ser acionados fora do expediente, enviam alertas para a central de controle, que toma as providências necessárias.
No ano passado foi lançado um produto para limpeza de banheiros, mais eficiente do ponto de vista ambiental por ser biodegradável e formulado com oxigênio ativo, em substituição ao cloro, que é mais agressivo ao meio ambiente. Embora favorável sob todos os pontos de vista, a adoção do novo produto só avançou quando ele passou a ser diluído de tal forma que as equipes de limpeza puderam aplicá-lo usando a mesma dosagem com a que estavam acostumadas.
A boa notícia é que quando esses ajustes acontecem, a tecnologia permite que as empresas operem com o máximo de eficiência e precisão, reduzindo custos e melhorando a percepção da marca pelos seus contratantes.
Em suma: seja você um prestador de serviços, uma indústria ou um comércio, é muito provável que de tempos em tempos tenha acesso a novas tecnologias que podem aumentar a sua produtividade, mas as chances de conseguir implementá-las dependem de um ajuste adequado nos processos, assim como da integração dessas inovações com os demais "atores" da sua cadeia produtiva.
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Claudio Nasajon é fundador da Nasajon Sistemas e membro do grupo de investidores Harvard Angels do Brasil