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De presídio à nova sede do Centro Judiciário de Curitiba

Após 18 meses de obras, terreno que abrigava o antigo Presídio do Ahú recebe as instalações do Fórum Criminal e dos Juizados Especiais da capital paranaense

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) realizou na última sexta-feira (6 de Julho) a solenidade de inauguração do novo Centro Judiciário de Curitiba. A cerimônia, que contou com a presença de cerca de 250 pessoas, entre elas Magistrados, Advogados, Defensores Públicos, Membros do Ministério Público e demais autoridades do Estado, aconteceu no prédio que abrigou o antigo Presídio do Ahú e que, a partir de agora, será a sede dos Juizados Especiais da capital.

Localizado no bairro do Cabral, o complexo conta com um novo edifício e a total restauração do Presídio do Ahú, com área total da ordem de 25.600 m². O Presídio do Ahú foi construído entre os anos de 1896 e 1903 para abrigar o Hospício Nossa Senhora da Luz que funcionou nesse local até o ano 1907, quando foi transformado em instituição penitenciária, desativada cerca de 100 anos depois. As fachadas do antigo Hospício foram preservadas e restauradas, recuperando os detalhes do projeto original. O interior foi totalmente demolido e reconstruído segundo conceitos modernos para abrigar os Juizados Especiais.

Quem conta os detalhes é a MPD Construtora, escolhida em 2016, por meio de licitação pública, para a construção do Fórum Criminal e dos Juizados Especiais e para a recuperação das fachadas do antigo Presídio do Ahú, complexo com uma nova edificação e a restauração do antigo presídio com área total da ordem de 25.600 m². Além disso, o empreendimento proporcionou a reurbanização de todo o entorno, que gerará mais oportunidades comerciais e qualidade de vida para os moradores da região.

Antes de começar as obras, foi realizado um minucioso exame das condições do edifício para então iniciar a empreitada do "restauro" do edifício. A construtora tinha o desafio de adequar o prédio de mais de 100 anos, transformando-o em um empreendimento com estilo, conforto, acesso às novas tecnologias e, principalmente, adapta-lo às novas normas de segurança e acessibilidade.

Além da restauração, a construtora também é responsável pela construção de um espaço novo destinado ao Fórum Criminal, que abrigará as 13 Varas Criminais da capital, a Central de Custódia, o Plantão Judiciário, as 1ª e 2ª Varas de Execução das Penas e Medidas Alternativas (VEPMA), as 1ª e 2ª Varas de Delito de Trânsito e a Vara de Auditoria da Justiça Militar.

"Estamos muito felizes com a conclusão de mais um projeto grandioso e poder contribuir com a história de Curitiba. Esta obra foi um desafio para nós, pois tivemos que manter nossa criatividade, além de contornar as dificuldades apresentadas pela complexidade de adequação desse tipo de projeto que tem diversas especificidades e uma história", comemora Antônio Jambeiro, Diretor Técnico da MPD.

Na construção foram utilizadas as mais modernas tecnologias que ajudarão nas necessidades do Tribunal de Justiça. Além disso, o projeto maximizou a utilização de luz natural como fonte de iluminação no prédio, sendo possível reduzir custos e operar de forma sustentável, além de sistemas de reuso de água e sistema autônomo de geração de energia.

Durante a inauguração, o Presidente do TJPR, Desembargador Renato Braga Bettega, ressaltou que, apesar de ser uma enorme conquista, esta é apenas a primeira etapa de um projeto mais ambicioso que totaliza investimentos da ordem de R$ 100 milhões. A intenção é que o Centro Judiciário abrigue todo o 1º Grau de Jurisdição da capital, com exceção dos Fóruns Descentralizados.

"A construção está sendo feita de forma fracionada, com o objetivo de otimizar recursos e garantir a entrega de serviços efetivos à sociedade, à medida que cada unidade esteja concluída. Já está em andamento também o processo licitatório para a construção do Fórum Cível, que irá abrigar as 25 Varas Cíveis de Curitiba, atualmente separadas em dois edifícios", anunciou Bettega.


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