Nunca o setor de Facilities Management apresentou tamanha visibilidade no Brasil. Conjunto de atividades de suporte que sustentam o core business, fornecendo melhores condições para que uma organização possa atrair e reter talentos, ganhar maior eficiência operacional e lucratividade, o FM pode ser ainda mais estratégico quando se fala em ambientes de saúde. Afinal, além de todas essas variáveis, a moeda de maior valor é a preservação da vida.
A gama de instalações com este perfil é considerável no território brasileiro. Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o País conta hoje com aproximadamente 394 mil empreendimentos que juntos têm um total de 439 mil leitos clínicos e cirúrgicos, sem contar os laboratórios especializados, clínicas e consultórios que podem se beneficiar de serviços de facilities voltados às suas necessidades.
Para este público, é possível oferecer a gestão de lavanderia, limpeza técnica, limpeza predial, recepção, segurança, informática, manutenção, alimentação, estacionamento, automação, entre outros serviços que impactam, direta ou indiretamente, o negócio principal.
Mas quais são as melhores práticas de gestão? Foi exatamente para discutir esses pontos que cerca de 80 Gestores de Facilidades em espaços de saúde participaram na última terça-feira (16/5) do Fórum INFRA de Facilities Management no Ambiente Hospitalar. Realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, o evento faz parte da Hospitalar Feira e Fórum, principal encontro da cadeia da saúde das Américas, vitrine de exposição para o mercado nacional e internacional.
Na próxima edição da Revista INFRA traremos uma retrospectiva completa dos temas e suas principais conclusões. Mas, podemos adiantar alguns pontos-altos das palestras.
Idealizador e coordenador do MBA/USP Gerenciamento de Facilidades, o Prof. Dr. Moacyr Eduardo Alves da Graça apresentou o passo a passo para implantar sistemas de gestão nesses ambientes. Segundo ele, além de pensar o prédio, é preciso pensar a operação, ter um FM orientado para a experiência do usuário.
Também docente do curso de MBA/USP, o Prof. Dr. Paulo Eduardo Antonioli palestrou sobre 'Como o FM pode dar o melhor suporte às atividades médicas'. Destacou, por exemplo, a importância de listar os itens das rotinas planejadas e das não-planejadas, e as economias consideráveis que a gestão pode alcançar ao diferenciar as áreas críticas, das semi-críticas e não-críticas.
Gerente de Operações do Hospital do Coração (HCor), Domenico Caruso compartilhou um case repleto de inovações quando o assunto é limpeza hospitalar, que inclui o uso da nanotecnologia, da mecanização e da gamificação, que engaja pessoas, estimula positivamente a competitividade entre os agentes de limpeza, valorizando-os e otimizando os processos e a superação as metas. O executivo falou ainda das estratégias colocadas em prática que permitiram reduzir de uma hora para 18 minutos o tempo de limpeza de uma área de 240m2. Ficou curioso? Então não perca os detalhes na matéria completa na revista impressa de Junho.
CEO da Vivante, Philippe Enaud trouxe para a pauta as oportunidades de melhorias dentro das organizações a partir dos indicadores de desempenho de serviços, e os detalhes desta aplicabilidade no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) em Belo Horizonte, onde a remuneração pela gestão de facilities depende totalmente do índice de performance da operação.
Por fim, a última apresentação do dia foi conduzida pelo consultor Daniel R. Figueiredo, que mostrou as três grades fases de uma PPP, além das oportunidades deste mercado e o fato de os serviços de FM serem o 'coração' de um projeto deste tipo.