Menor número de lançamentos, estoque de empregos baixo e pouca confiança dos empresários. Esses são os reflexos da crise econômica no Brasil, sentidos principalmente pelo setor imobiliário, que nos últimos anos buscou novas ferramentas para se manter lucrativo. É o caso da EBM Desenvolvimento Imobiliário, que decidiu investir na solução de Business Intelligence (BI) para impulsionar o seu negócio.
A partir da integração realizada em fevereiro de 2016 e com as análises de BI, a incorporadora conseguiu se estruturar em meio às incertezas econômicas e planejar crescer. A visão holística dos negócios trouxe a oportunidade de investimento em novos projetos como a diversificação de seu portfólio e a interiorização de seus empreendimentos. Para 2017, a incorporadora estima faturar R$ 400 milhões, além de já ter acumulado R$ 1 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV) de terrenos comprados em todo território brasileiro para lançamentos previstos para sair do papel nos próximos três anos.
"Enfrentamos o período de crise com muita cautela e uma das dificuldades que tínhamos era o gerenciamento e consolidação das informações de toda a holding para análise e gestão da diretoria. São milhares de dados espalhados em infinitas planilhas e conseguir ser assertivo na tomada de decisão não era tarefa fácil. Foi quando nos surgiu a ideia de fazer uma gestão por meio do Business Intelligence", explica o gerente Financeiro e de Controladoria da EBM, Bruno Thomaz.
Após a procura por diversas opções de tecnologia para otimizar os processos internos e tornar a administração dos conglomerados mais dinâmica, a incorporadora decidiu adquirir o recurso de Inteligência de Negócios da multinacional dinamarquesa Targit. A ideia era integrar uma tecnologia que conseguisse cruzar as informações de todas as áreas, desde as despesas administrativas até o faturamento final.
O executivo explica que os ganhos foram inúmeros após a implantação: redução de tempo, fechamento contábil trimestral (antes era realizado anualmente) e cruzamento de despesas administrativas versus faturamento. "Foi possível reduzir custos inerentes ao tempo, além de melhorar a produtividade da incorporadora em todos os âmbitos. Hoje, nós temos um conjunto de dados mais precisos, onde o acompanhamento de todos os projetos é realizado diariamente dentro do projeto macro, que é o de Business Intelligence. A princípio, a ferramenta foi aplicada nas áreas financeira e comercial. Hoje, todas as áreas foram integradas ao BI", avalia.
Migração
O CEO da Targit para a América Latina & Texas, Allan Pires, comenta que um dos ganhos com o Business Intelligence está na construção e/ou migração das informações - de maneira fácil e rápida - de outros softwares para dentro da plataforma da Targit, ou seja, a solução de BI possibilita a não dependência de outros sistemas para a construção das análises micro e macroeconômicas. A migração é instantânea.
Agora, tanto a diretoria quanto os gestores de cada área podem visualizar e realizar as mudanças em tempo real de um projeto como a mudança nas datas de lançamento de um empreendimento. Além disso, a EBM possui um comitê responsável pela formatação e escolha dos layouts dos gráficos, entre outras ações exercidas dentro da ferramenta.
Allan ressalta que o mercado está cada vez mais receptivo para ferramentas de exploração de dados. "Com o BI, as empresas não precisam mais olhar o futuro pelo retrovisor. É possível trazer áreas extremamente complexas para o mundo dos gráficos e dos números gerenciais e este processo só tende a melhorar com o tempo. Os novos formatos oferecem mais subsídios para os empresários, tendo em vista as suas capacidades competitivas", afirma.
Foto: Equipe de TI da EBM - Fabio Alencar, Felipe Assis, Bruno Thomaz, Rodolfo Miranda e Kaio Sousa
Crédito da imagem: Johnatan Mateus