A Localiza sempre procurou sensibilizar seus clientes a repensar e construir um novo significado para a mobilidade. Nessas quase cinco décadas de história ela tem cuidado do caminho de mais de 12 milhões de pessoas, atendendo as demandas dos clientes em mais de 670 agências nas principais cidades e aeroportos do Brasil, Argentina, Colômbia, Equador e Paraguai.
Agora colhe os frutos de uma nova empreitada, que começou no edifício-sede (um dos cartões-postais de Belo Horizonte), construído para disponibilizar serviços e infraestrutura à altura da exigência e necessidade de seus colaboradores.
Com 63 mil m² de área construída, sendo 30 mil m2 de área construída e 18 mil m2 de área verde, incluindo uma belíssima praça de convivência, o prédio é dotado de alta tecnologia e tem sido palco de uma nova experiência da Localiza na transformação dos espaços tradicionais de trabalho pelo modelo híbrido.
Quem nos conta os detalhes é o nosso entrevistado de capa desta edição: o Gerente de Facilities e Manutenção da Localiza, Douglas Tcharles Reis.
Administrador de Empresas, com pós-graduação e MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Auditoria e pós-graduado em Gestão Financeira em Estratégia e Liderança, o executivo tem 13 anos de experiência em Gestão de Facilites e Hotelaria na área Hospitalar, tendo passado por diversos Hospitais da rede privada como Hospital Materdei, Fundação Benjamim Guimarães e Hospital e Maternidade Santa Rita.
Apaixonado por viajar e conhecer novas culturas e apreciador de uma boa gastronomia, Douglas é praticante de tênis e ainda toca piano, além de um ser humano sensível, que pratica sua fé em Deus ao seu jeito e, é claro, adora um desafio corporativo! Acompanhe os principais trechos do nosso bate-papo!
Qual foi o desafio deste projeto transformador do escritório?
Nosso maior desafio estava em criar um ambiente capaz de despertar nos colaboradores a vontade para retornarem ao ambiente corporativo depois da pandemia. Nossa preocupação principal também foi proporcionar a eles ambientes mais colaborativos e com mais facilidades. Para você ter uma ideia, antes da pandemia, a Localiza nem pensava em ter uma área dedicada e com infraestrutura onde os colaboradores tivessem a opção de trazer sua alimentação de casa. Essa foi apenas uma das mudanças estruturais.
Agora o colaborador tem a facilidade desta área dedicada, somada à opção de um restaurante em um modelo premium. Antes a alimentação era subsidiada e, agora, está no formato de retail.
E as mudanças nos espaços de trabalho?
Ajustamos muitos andares nos espaços do prédio para ambientes de mais colaboração, uma vez que o home office é individualista e não coletivo. Foi um grande desafio, desconstruir e reconstruir esses espaços. Este novo modelo foi construído a quatro mãos, com a o arquiteto de interiores João Carlos Moreira Filho, que foi o escritório do projeto inicial da edificação.
Como está a divisão da quantidade de pessoas no presencial e no home office?
Apesar de termos o trabalho presencial, já possibilitávamos o horário flexível aos nossos colaboradores da matriz. Agora o trabalho é ainda mais colaborativo, o planejamento passou a ser dinâmico e ágil, com grande evolução nas relações de confiança e autonomia com responsabilidade. Estabelecemos regras de escala por diretoria. O modelo se resume a dois dias fixos consecutivos no escritório e três dias no modo remoto. Cada diretoria executiva terá dois dias de escalas fixas em que todo o time deverá ir presencialmente à sede para realizar suas atividades. Aqueles que quiserem, poderão ir em dias a mais fora da escala, mas o mínimo serão dois dias presenciais.
Vocês têm um software de agendamento dos espaços de trabalho?
Sim. Nós descobrimos uma plataforma dentro da Microsoft que nos dava possibilidades de explorar e customizar um app de agendamento aderente às nossas necessidades e integrando a solução com o Microsoft Teams. O colaborador entra na ferramenta, faz o agendamento da sua mesa de trabalho. Inclusive o agendamento das refeições no restaurante premium, se desejar.
Imagino que estruturar tudo isso foi muito desafiador?
O nosso maior desafio foi realmente redesenhar todo o layout do prédio para atender a todos. Antes cada um tinha sua mesa de trabalho e tivemos que ressignificar tudo isso. Hoje 100% do espaço do prédio é compartilhado. Ninguém tem mais "sua mesa". Foi uma mudança e como toda mudança é um processo de educação. Implantar o novo modelo colaborativo foi certamente o mais complexo, mas hoje já está estabelecido e funcionando muito bem. Claro, sempre há um ajuste a fazer, mas que faz parte da mudança de mentalidade do que foi o escritório de antes para o que precisa ser agora.
Como transformar o retorno em um momento marcante?
Para garantir que todos estivessem comprometidos na construção do Futuro do Trabalho e o melhor dos dois mundos, foi necessário um processo de mudança e engajamento. Esse momento foi dividido em quatro grandes etapas, sendo que as duas primeiras contam com o papel fundamental das lideranças:
- Entender - A importância do porquê estamos voltando para o modelo híbrido;
- Engajar - Todos precisam estar engajados com o retorno;
- Aprender - Como produzir nesse novo modelo de trabalho;
- Acompanhar e evoluir: Teremos que acompanhar continuamente a adaptação dos colaboradores ao novo formato híbrido de trabalho. E iremos conduzir constantemente ações para melhorias.
Com a sua equipe de FM, foi tudo mais fácil?
Sim. Envolvimento total. Oitenta por cento da minha equipe não foi para home office, pois nós fazemos o prédio rodar. Eles abraçaram o desafio e foram muito protagonistas e agentes de transformação: Um colaborador usou uma estação de trabalho e esqueceu algo, a equipe ia lá, recolhia o objeto e guardava para deixar a estação livre. E isso também contribui para fortalecer o novo modelo de trabalho.
Além deste trabalho, você também está conduzindo outros projetos, certo?
Sim. E o conceito segue o mesmo. Recentemente inauguramos o nosso Localiza LABS em Recife; trata-se de um projeto um pouco menor atendendo mais de 60 colaboradores. A nossa equipe de FM também tem a responsabilidade de fazer tudo isso rodar. Enfim, nossa equipe orgânica, considerando os projetos, gestão da sede em BH e LABS de Recife, somado ao time de mensageria que responsável pela logística de rotas de malotes e postagens em todo o Brasil em mais de 600 lojas, são "cuidados" por uma equipe de 28 profissionais.
Falando em ansiedade, que registou um aumento na pandemia, elevando o stress... Imagino que na Localiza não deve ter sido diferente, certo?
Acredito que o mais desafiador da pandemia foi atuar com agilidade necessária para oferecer um ambiente seguro para os nossos clientes e colaboradores, em um cenário ainda muito incerto. Para nossos colaboradores, oferecemos telemedicina, um programa de com assessoria jurídica, psicológica e financeira, além de diversas outras iniciativas para acolher nosso time e preservar sua saúde física e mental.
E quanto à questão da Diversidade e da Inclusão?
Em 2020, a Companhia iniciou um robusto Programa de Diversidade e Inclusão que visa orientar toda liderança sobre a importância de criar um ambiente no qual os colaboradores possam viver sua diversidade sem intolerância ou discriminação. Contamos hoje com mais de 600 colaboradores voluntários, que atuam em cinco frentes prioritárias: equidade de gênero, LGBTI+, pessoas com deficiência, migrantes e pessoas em refúgio, e raça.
Para finalizar, nos conte um pouco sobre como está a experiência no home-office
Uma das grandes preocupações da empresa era e é proporcionar aos colaboradores conforto, para que pudessem trabalhar de suas casas, num formato ergonômico. Para isso, a empresa lançou o 'Auxílio Home Office'. Os colaboradores receberam um valor para equipar seu home office, além de um valor mensal para contribuir com as despesas naturais desse modelo de trabalho.
Também vale lembrar que um dos grandes desafios do home office é a distância física, que pode dificultar a construção de laços de confiança entre os times. Para isso, a Localiza incentiva e promove ações de integração online. Assim, melhores soluções são construídas em conjunto. E a construção de laços garante que as pessoas se sintam livres para colaborar ainda mais. De outro lado, há os itens considerados benefícios do trabalho remoto, e um dos mais percebidos é a produtividade atrelada ao ganho de qualidade de vida, com flexibilidade e autonomia. Trabalhar em casa possibilitou que os colaboradores pudessem criar suas rotinas, mantendo a alta produtividade.