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Um retrato do crescimento dos shopping centers no Brasil, projetos alinhados à sustentabilidade, inovação e eficiência

Notícia publicada em 11 de fevereiro de 2019

Camará Shopping, inaugurado em maio de 2018, em Camaragibe/PE, que utiliza o lixo de Praça de Alimentação como fonte energética

Apesar dos pesares, como as instabilidades político-econômicas, o setor de shopping centers no Brasil mantém uma escala ascendente de crescimento em número de shoppings e Área Bruta Locável (ABL), desde 2006. Com 571 empreendimentos no final do ano passado, o setor deve fechar 2018 com mais 26 shoppings no País e já há outros 19 malls com inaugurações previstas para 2019, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

Mais que mostrar que o modelo de negócio ainda está longe da saturação, tal crescimento demonstra que o setor não está inerte diante das transformações exponenciais alavancadas pela tecnologia, que impactam diretamente no comportamento dos diversos públicos estratégicos que envolvem o negócio - consumidores, colaboradores, lojistas, acionistas e empreendedores -, todos cada vez mais exigentes.

Se, como diz o famoso provérbio, "a necessidade é a mãe da invenção", os novos projetos trazem inovações, que aumentam seu comprometimento com o meio onde estão inseridos, em termos ambientais e/ou sociais, mas que também se traduzem em eficiência - o famoso fazer mais, com menos e melhor.

"Ainda há espaço para shoppings, mas vivemos um momento diferenciado. Assim como todos os setores da indústria, o nosso também foi bastante afetado, o que pressionou a locação de lojas, os valores de aluguéis e, consequentemente, a remuneração dos empreendimentos", afirma o Gerente de Operações do Itaquá Garden Shopping, Márcio Reis. Por isso, "o projeto foi todo pensado para que no final, dados os cenários econômico e de desenvolvimento do setor, tivéssemos oportunidade de uma operação mais eficiente e com custos menores", acrescenta. O resultado fala por si só: em menos de um ano em operação, o empreendimento já está com 83% da ABL locada.

Com um formato totalmente inovador no País, que possibilita um custo de ocupação até 50% menor que o de formatos clássicos, o Porto Belo Outlet Premium também comemora sua taxa de ocupação em um ano: 98%. E o empreendimento já está com uma expansão anunciada para o segundo semestre de 2019, além de um novo outlet, no mesmo formato, na cidade de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, para 2020.

"O Brasil vive períodos de ciclos e crises, e a crise gera oportunidades. Visitamos muitos varejistas de 2012 para frente e detectamos que alguns estavam reduzindo suas operações, outros expandindo, mas a indústria estava com um estoque muito grande. Fizemos um trabalho de benchmarking e enxergamos a oportunidade de trazer um conceito 100% estadunidense, em que o lojista é a própria indústria ou um distribuidor da marca. O fato de que a indústria está vindo para o varejo é um caminho sem volta, já consolidado nos Estados Unidos, e estamos despertando no fabricante, no Brasil, essa cultura de fabricar diretamente para outlet", pontua o superintendente do Grupo Tacla, Michael Domingues, responsável pelo empreendimento.

Localizado entre Florianópolis e Balneário Camboriú, o grupo considera o empreendimento como o primeiro do segmento no Brasil com conceito 100% norte-americano - a céu aberto, em formato village. São 25 mil m² de ABL, em um terreno de 300 mil m² às margens da BR-101, com projeto de paisagismo de um estúdio de Dallas, adaptado a plantas nativas e da região, e projeto de iluminação do Lighting Designer Theo Kondos, autor de grandes projetos em diversos países da Europa. Sem elevadores, escadas rolantes, nem ar condicionado nos corredores, o custo menor é garantido e o desconto também, inclusive, contratualmente. "Há uma cláusula de desconto mínimo obrigatório de 35% em relação às lojas de rua ou de shoppings", destaca Domingues.

Inovação e busca por oportunidades também caracterizam a atuação da BR Malls. Para incrementar vendas aos lojistas, além de aproximar shoppings e varejistas na busca de novas soluções para desafios decorrentes de e-commerce e do consumidor multicanal, uma das alternativas foi a parceria com a Delivery Center, uma plataforma, especializada em logística fracionada, que está usando os shoppings como centrais de distribuição, buscando integrar o varejo físico ao on-line, com entrega de produtos no mesmo dia ou até na mesma hora da compra.

Em agosto deste ano a companhia também anunciou uma parceria inédita com o espaço de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina, o Cubo Itaú, onde será responsável por um andar inteiro dedicado ao varejo. E, em 2017, já havia lançado o brMalls Partners, iniciativa inédita no setor de varejo no Brasil em parceria com a Endeavor, que selecionou 15 varejistas com potencial de crescimento para serem acelerados.

Inovação pra conter um vilão

Para ajudar na rentabilidade, equilibrando a conta dos custos condominiais, um dos pontos de ataque, que têm se mostrado comuns nos novos empreendimentos, são os custos energéticos. O Itaquá já nasceu no mercado livre de energia, tendo, também, recebido o Certificado Comerc-Sinerconsult de Energia Renovável, pelo consumo voluntário de energia de fontes renováveis. Segundo Reis, 27% do montante de energia consumidos pelo empreendimento são provenientes de pequenas centrais hidrelétricas... Continuar lendo.

Fotos: Divulgação

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