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Secadores automáticos dos banheiros espalham bactérias, diz pesquisa

Estudo foi publicado este mês pela revista especializada Applied and Environmental Microbiology

Um novo estudo descobriu que os secadores de mão com ar quente, muito comuns em banheiros públicos como em shoppings, "sugam" o ar ao redor, cheio de coliformes fecais, e os sopram de volta não apenas na sua mão mas também por todo o ambiente.

Na pesquisa, cujos resultados foram publicados este mês na revista Applied and Environmental Microbiology, cientistas compararam o ar de um banheiro sem o secador com outro que tinha as máquinas. E descobriram que muito mais colônias bacterianas se desenvolveram em amostras de ar de locais expostos ao aparelho.

"As bactérias que estão nos banheiros vieram das fezes, e podem ser jogadas na atmosfera quando damos a descarga, especialmente em vasos sanitários sem tampa", disse Peter Setlow, autor do estudo, à revista Newsweek. Além disso, o simples entra e sai de pessoas no banheiro joga micróbios em sua pele, espalhando ainda mais as bactérias.

Como os secadores de mãos sugam o ar do banheiro e o lançam para fora de novo, nos breves momentos em que suas mãos descansam embaixo do bocal, elas estarão expostas a muito mais ar do que o habitual, e muito mais bactérias.

Bactérias viajantes

Os autores escreveram que dentro de um grande edifício, bactérias potencialmente patogênicas podem viajar entre as salas (do local que abriga aquele banheiro). "Os secadores de mãos poderiam ser uma das formas pelas quais essas bactérias se espalharam pelo prédio".

Em teoria, a adição de filtros HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) deve impedir que partículas de bactérias sejam pulverizadas sobre as mãos recém-limpas. No entanto, quando a equipe adaptou alguns de seus secadores com filtros HEPA, eles bloquearam apenas 75% das bactérias. Embora isso seja muito, certamente não é perfeito. "Talvez os filtros não estivessem funcionando corretamente ou a grande coluna de ar abaixo dos secadores de mãos estivesse sugando bactérias de ar não filtrado", explicou Setlow, que é professor da Universidade de Connecticut.

Para a realização do estudo, os pesquisadores coletaram amostras de 36 banheiros da Escola de Medicina da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, para a bactéria Bacillus subtilis, também chamada de PS533, geralmente encontrada em ambientes laboratoriais. Os resultados da pesquisa determinaram que a PS533 foi detectada em todos os banheiros testados, especialmente quando os secadores estavam ligados.

Além disso, os pesquisadores verificaram a parte interna dos secadores para ver se um possível acúmulo microbiano local poderia influenciar no número de bactérias espalhadas pelo ar. Apesar de terem encontrado algumas bactérias no equipamento, isso não foi suficiente para explicar a quantidade de micro-organismos distribuídos pelo fluxo de ar.

Segundo Setlow, os esporos da B. subtilis, que podem sobreviver por anos, não representam riscos para a saúde humana, mas sua presença nos banheiros indica que as bactérias se espalharam pelo ar de todo o edifício. De acordo com os cientistas, os secadores de mãos poderiam ser uma das formas pelas quais essas bactérias se infiltraram no prédio.

O uso de papel para secar as mãos sempre foi muito criticado por quem acha que é um desserviço ao planeta, por causar excesso de lixo, mas, por enquanto, Setlow está aderindo a toalhas de papel, assim como a Universidade de Connecticut, que as adicionou em todas os seus 36 banheiros pesquisados no estudo.

Foto: iStock

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