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Redução de custos e readequação de verba

Como a área de facilites management pode ser a chave para o sucesso de uma empresa

Por Léa Lobo

Se, nos últimos anos, as empresas já haviam colocado em prática a cultura da otimização de recursos, corte de custos e racionalização de processos internos, a pandemia trouxe ainda mais desafios para quem atua na área de gestão de FM.  Com um tombo histórico de 4% no PIB do País, registrado em 2020, se comparado com o ano anterior, segundo dados do Monitor do PIB, divulgados no início de fevereiro deste ano, o Brasil segue com as oscilações econômicas. Por um lado, as empresas são afetadas, mas, por outro, também existem oportunidades que podem ser aproveitadas mesmo durante a crise.

Para Diego França, Facilites Manager da MDS Brasil, uma das principais corretoras do País no segmento de seguros, resseguros, gestão de benefícios e consultoria de riscos, o ano passado fechou com resultados positivos. Em meio à crise sanitária de COVID-19, o executivo pôde atuar na expansão de filiais em Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e uma enorme expansão na matriz, em São Paulo (SP). “Seguir um plano de expansão em um momento delicado para o País, é muito gratificante. Mesmo com todas as questões impostas pela quarentena, nosso modo de operar foi adaptado, passei a conversar com a minha equipe quinzenalmente e nós fizemos um excelente trabalho. Mas foi preciso ter uma visão mais ampla e estratégica para tomar as melhores decisões e saber enfrentar as adversidades”, afirma o executivo.

França trabalha na MDS Brasil há quatro anos e foi responsável por abrir uma média de uma filial e meia por ano. Sua trajetória de sucesso já somou um reconhecimento que vai além do financeiro. Durante estes anos, o profissional já foi responsável por atuar na abertura de 6 filiais, em vários estados do Brasil, além de se orgulhar de ter economizado meio milhão de reais nos seis primeiros meses de trabalho na empresa. Para ele, o segredo foi coordenar tanto as pessoas quanto os processos de maneira integrada e com bastante empenho.

“Quando fui contratado, eu disse que iria estruturar o departamento em seis meses, prometi que se não tivesse êxito, eu mesmo me demitiria. Atualmente, quando olho para trás, eu me sinto ainda mais confiante para trilhar o hoje, sabendo que os meus atos vão impactar no futuro da empresa e de todos aqueles que trabalham comigo. Hoje eu vejo a importância da área de FM ter uma gestão estratégica e estruturada na MDS Brasil. Seguindo dessa forma, sempre focado em melhorar e otimizar o trabalho, é possível enxergar um futuro bastante promissor”, afirma o executivo.

Se o trabalho de facilities envolve a coordenação dos recursos internos da empresa, a MDS Brasil foi capaz de estruturar o compliance da companhia para criar uma cultura de eliminar os desperdícios. Durante a pandemia, a empresa seguiu seu plano de expansão, levando em conta todos os protocolos de saúde. Foi feita uma readequação de layouts de trabalho, treinamento interno para otimização do uso de insumos e EPIs. No final de 2020, o resultado da conclusão, mais a comemoração de não ter registrado o contágio da doença entre os envolvidos neste plano. Cuidar dos colaboradores e parceiros é levar consigo a missão da empresa.

“O segredo para ser um bom líder nesta área é pensar em tudo. Se vamos abrir uma filial, eu passo um tempo estudando os pontos de locação, o comércio que abastece a região, dados demográficos da cidade, mobilidade urbana, segurança, além de estudar sobre o comportamento de quem mora nas proximidades. Desta forma, eu consigo garantir o bem-estar físico e emocional de quem irá trabalhar conosco, para que recebam da melhor forma possível os nossos clientes”, conta França.

Hoje a área de FM precisa pensar no dia a dia do cliente e missão dos executivos e desenvolver planos estratégicos para redução de custo sem afetar a qualidade do serviço ou produto. Além da redução e otimização de custos, a empresa precisa levar em consideração o bem-estar de todos, pensando também em poupar os recursos do meio ambiente. O chamado corte de custos seguiu em forte ascensão por conta da pandemia, mas deve ser avaliado com inteligência para não afetar o desempenho dos produtos e serviços criados.

Economia de R$ 3 milhões em apenas quatro anos

Inicialmente, o departamento de FM não seguia a mesma estrutura que se encontra hoje. Faltava um olhar mais estratégico de um gestor para a otimização das prioridades e uma melhor condução do budget.  Com a chegada de França, foi possível gerir uma verba anual de R$ 12 milhões.  A estruturação contemplou compras, administração, contratos, expedição, viagens, recepção, frota, limpeza, novas filiais e obras. Seu olhar estratégico e com foco nos detalhes, já somou uma economia de R$ 3 milhões para a MDS Brasil e pôde mostrar para a diretoria que é possível reduzir custos, sem afetar diretamente na qualidade do trabalho.

Com mais de 25 profissionais diretos, quando ele se deu conta de que a expansão seria grande, partiu para identificar “gaps” nos processos internos e seguir com sugestões para a implementação de melhorias. Ele identificou que ter vários fornecedores diferentes, demandava mais tempo e organização. Para resolver este problema, buscou outras opções de fornecedores no mercado, que pudessem acompanhar o crescimento da MDS no Brasil. Depois de fazer todos os ajustes necessários, o executivo partiu para a ação.

O executivo começou sua carreira como militar reservista e conta que aprendeu a ter foco nos objetivos e estar a serviço dos outros. “Foi importante ter essa base para a carreira que estou trilhando na empresa hoje, em uma das áreas mais promissoras da empresa. Durante este período, eu pude acompanhar a obra de cada uma das nossas filiais, pensando em oferecer para os nossos clientes e funcionários, um espaço limpo, bonito, aconchegante e que transmita a sensação de cuidado com o próximo”, conta.

“Eu me sinto como um soldado que não foge da luta. Vivo um dia de cada vez, sempre dando o meu melhor e sem olhar para o passado para me vangloriar do que já foi feito. Acredito que essa atitude é fundamental para o meu sucesso dentro da empresa. Quando eu paro para pensar em tudo que já vivi aqui, eu tenho um enorme sentimento de gratidão por ter essa oportunidade de mostrar um trabalho bem feito”, avalia França.

O executivo conta que já pensou em desenvolver um projeto de FM para os clientes da MDS Brasil e estruturar uma nova frente de trabalho. Ele acredita que a empresa pode ter sido um grande case de sucesso e sonha com novas possibilidades que possam trazer mais receita e otimizem o trabalho dos clientes. “Quem sabe, com toda a minha expertise, eu possa treinar outros profissionais a organizarem este departamento tão importante dentro de suas empresas”, finaliza.

Facilities e a prevenção de sinistros

As construções, obras e manutenções fazem parte das tarefas do dia a dia de um profissional da área de facilities. O olhar atento para os detalhes, o cuidado com profissionais, insumos, adversidades do clima e possíveis acidentes são riscos que podem afetar o andamento da equipe, impactando diretamente nos custos finais e, principalmente, no tempo da entrega.

“Já imaginou se algum operário atinge a tubulação de gás de um apartamento, impactando a vida de outros moradores? Ou se, porventura, há um dano em algum eletrodoméstico como geladeira, televisão ou ar-condicionado? É nesse ponto que o meu trabalho se cruza com a função de alguns seguros disponibilizados pela própria MDS Brasil”, destaca Diego. RC Obras e Riscos de Engenharia, por exemplo, oferecem coberturas variadas — como responsabilidade civil, incêndio, danos elétricos e explosões, entre outras — e são imprescindíveis para dar respaldo às equipes de trabalho e garantir o sucesso na entrega final. Além disso, fazendo um cálculo proporcional, os custos de contratação chegam a 1% do custo total da obra ou reforma, ficando por volta de 0,02% a 0,03%.

Facilities e a Gestão de Risco

Hoje, o Brasil é considerado o quarto país com mais acidentes laborais no mundo, segundo estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Sabendo disso, é possível entender o quão crucial é investir no gerenciamento de riscos em todas as etapas do trabalho, inclusive nos riscos ocupacionais para prevenir e reduzir tais ocorrências.

Importante lembrar que o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais - GRO, da Norma Regulamentadora (NR) 1 (Portaria SEPRT/ME Nº 6.730, de 09 de março de 2020), que deve constituir-se em um Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, será obrigatório a partir do dia 02 de agosto de 2021 (Portaria SEPRT/ME Nº 1.295, de 02 de fevereiro de 2021).

As exigências para a elaboração e implementação do PGR, que será constituído, minimamente, por Inventário de Riscos e Plano de Ação, envolvem um diagnóstico do status atual da empresa em relação à Segurança e Saúde no Trabalho (SST) nos aspectos contemplados na NR 1-GRO. Em resumo, o PGR deve conter etapas para gerenciamento dos riscos como:

- Evitar os riscos ocupacionais;

- Identificar os perigos e possíveis lesões/agravos à saúde;

- Avaliar os riscos de acordo com o nível;

- Classificar os riscos e determinar as medidas de prevenção;

- Implementar as medidas de acordo com a ordem de prioridade estabelecida;

- Acompanhar o controle de riscos.

Por se tratar de um programa tão abrangente, o PGR precisa estar completamente integrado com as demais ações e documentos previstos na legislação de Segurança e Saúde do Trabalho, possibilitando, assim, a obtenção dos resultados esperados.

Gerenciar riscos é parte integrante do cotidiano de FM, porém, este é também um serviço altamente especializado cujo desempenho está intimamente ligado a experiência e tecnologia de ponta. A RCG – Risk Consulting Group, que pertence ao Grupo MDS, oferece serviços dessa natureza para segmentos da indústria com equipe técnica multidisciplinar com certificações internacionais e composta por engenheiros de segurança do trabalho, químicos, civis, mecânicos, eletricistas, técnicos de segurança do trabalho e especialistas em logística e transportes.

 Entre os serviços da RCG Herco está o Enterprise Risk Management: um processo amplo que envolve o mapeamento de ameaças, plano de resposta a emergências e gestão de crises, segurança em instalações e serviços em eletricidade, treinamentos, análise de confiabilidade humana, gestão de riscos ambientais, gestão de riscos em logística e transportes, inspeção de riscos para fins de seguros e muito mais. “Ter esse tipo de capacidade técnica na gênese da MDS fez toda a diferença na estruturação da área de Facilities. Em poucas palavras, pode-se dizer que a capacidade de entender cada cenário, traçar um plano de controle de perdas e gerir riscos faz parte do nosso DNA”, finaliza o executivo.

Fotos: Divulgação

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