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Decisões assertivas por mudanças estratégicas

Sede da Shell Brasil sai da Barra da Tijuca, ganha um novo escritório na região central do Rio de Janeiro e coloca em prática projetos que visam o bem-estar das pessoas

Por Larissa Gregorutti

Nova sede do escritório da Shell

Fotos: Divulgação

Para entender os motivos que levaram a equipe de liderança da Shell Brasil na busca por uma nova sede, Ana Claudia Morrissy Machado, Gerente de Infraestrutura LATAM da empresa foi quem compartilhou que há cerca de quatro anos, quando a Shell comprou a BG, houve uma fusão de portfólios, e a Shell passou a conviver com a realidade de ter no Rio de Janeiro dois headquarters, um na Barra da Tijuca e outro no Centro da cidade, no Ventura Corporate Towers, onde algumas áreas importantes da empresa foram transferidas.

Após um ano nesse formato, todavia, Ana apontou que as primeiras dificuldades ficaram latentes.

"Em todas as reuniões de liderança, a questão da sinergia entre as equipes foi levantada, porque existiam equipes com parte dos seus funcionários na Barra, e outra parte no Centro da cidade. Além disso, existia a questão do alto risco do transporte", explicou a Especialista.

Fotos: Divulgação

​Para comparecer às reuniões que aconteciam nos dois extremos do Rio de Janeiro, grupos de trabalho tinham que se deslocar ao longo do dia, enfrentando o transporte e o trânsito da cidade, além de acessar áreas de risco como a Linha Amarela. "Nós não tínhamos certeza se conseguiríamos chegar às reuniões no horário marcado por causa do engarrafamento e por conta da violência. Então, por questões de HSE e segurança, o transporte dos funcionários e a movimentação entre sites começou a ser monitorado, e assim, a liderança começou a discutir de forma mais efetuada a consolidação da Shell em um novo endereço", afirmou.

Ficou decidido que a nova sede estaria localizada no Centro, por ser estrategicamente próxima dos parceiros, e mesmo após a análise de muitos empreendimentos na região, por questões de HSE e segurança, o Ventura Corporate Towers, que já abrigava equipes em três andares do empreendimento, foi o escolhido.

"A área de comunicação foi quem consolidou as informações emitidas pela área de projetos aos funcionários, permitindo que todo o processo de mudança fluísse", comentou. O conteúdo sobre o desenrolar da obra foi divulgado nas televisões corporativas e na newsletter semanal da empresa, chamada Brasil News.

Cada área ficou ciente muito tempo antes sobre quando seria a mudança e quais processos deveriam ser seguidos para o transporte dos equipamentos, como por exemplo, onde o material deveria ser empacotado, como ele deveria ser encaixotado, como as etiquetas deveriam ser colocadas, colaborando para o melhor desempenho do processo.

Dessa forma, a sede da Shell Brasil, que antes ocupava totalmente um edifício de seis andares na Barra da Tijuca, passou a ocupar oito andares do Ventura, em uma área de aproximadamente 10 mil m², após projeto de concepção do novo escritório.

Espaços abertos de trabalho

Fotos: Divulgação

Um escritório e muitas oportunidades de ambientes de trabalho

Projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura Gensler e obra realizada pela Athié | Wohnrath, teve como base o padrão mundial estabelecido pela Shell, que foi adaptado às necessidades do local levantadas pelo time de liderança da organização. "Era preciso entender quais áreas funcionariam melhor em cada andar, quais deveriam ficar próximas umas das outras por questão de sinergia e conhecer as características de cada área para determinado tipo de espaço", explicou a Especialista. "Um conceito utilizado há muito tempo pela empresa", comentou, "é o de salas de reunião agendáveis e não agendáveis, sendo que as maiores devem ser agendadas pelo sistema da empresa, e as salas menores, que comportam de quatro a seis pessoas, são de uso livre".

Fotos: Divulgação

Outro conceito adotado são as phone booth, que são salas pequenas (do tamanho de cabines telefônicas), que tem uma mesa, um ponto de energia e uma cadeira, para aquele momento em que o colaborador precisa estar focado, fazer uma ligação confidencial ou até mesmo resolver algum problema pessoal.

"Assim, esses três tipos de salas, que já existiam dentro da Shell, foram levados para o novo escritório. No entanto, sentimos, ainda, a necessidade de ter espaços colaborativos: espaços abertos com sofás e cadeiras espalhadas (minissalas), onde as pessoas possam sentar e discutir, e lugares com mesa alta sem nenhuma cadeira, para que as pessoas possam ficar ao redor trabalhando em projetos que precisem de conversas mais rápidas", apontou.

Outro espaço interessante para quem precisa de um pouco de tranquilidade para trabalhar são as cadeiras tipo de avião, posicionadas em frente aos vidros do empreendimento, que capturam a linda vista da cidade. Seguindo essa ideia, cada colaborador pode puxar uma mesa e um banquinho para colocar os pés, e trabalhar em um espaço extremamente confortável para momentos de criatividade e paz.

Esse novo conceito foi adotado em todos os andares do empreendimento, com exceção de um andar projetado exclusivamente para uma cafeteria e salas de reunião para visitantes externos.

"Portanto, existiu a preocupação de criar espaços colaborativos para que as pessoas pudessem decidir onde seria melhor para elas trabalharem em cada um de seus momentos. Além disso, como temos muitas gerações trabalhando juntas no mesmo ambiente, a diversidade de espaços colaborativos facilita a integração", completou a Gerente de Infraestrutura.

Por um ambiente acessível e sustentável

Além das questões conceituais de projeto desenvolvidas para a nova sede, outra preocupação levada a sério pela empresa é permitir que o ambiente seja acessível para todos, sem exceção.

Pensando no deslocamento de pessoas em cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida, por exemplo, foram projetados corredores altos e ambientes espaçosos, que permitem a plena circulação. Mesmo quando duas cadeiras posicionadas uma de costas para a outra estiverem afastadas, comentou Ana, o espaço de circulação daquela área não é afetado. Detalhes como a altura onde colocar a cafeteira e os consumíveis também foram pensados para que qualquer um possa ter acesso sem precisar de ajuda.

Além disso, todas as mesas, cadeiras e suporte de monitores são ajustáveis, permitindo a posição mais conveniente para o profissional em termos ergométricos.

Outro ponto de destaque, foi a parceria feita com a administradora do empreendimento, a BR Properties, garantindo que durante os procedimentos de emergência para a evacuação do prédio, pessoas com mobilidade reduzida, baixa visão, baixa audição, obesos e grávidas recebam um cuidado maior, ganhando crachás especiais que dão acesso aos elevadores a prova de chamas e fumaça.

Já os aspectos relacionados à sustentabilidade foram adotados anteriormente pela empresa, como a separação do lixo e a educação das pessoas de onde colocar cada item descartado, além da preocupação com os consumíveis. "Nós não utilizamos mais copos de plástico, por exemplo, apenas o de papel. Mas a próxima etapa que vai ser iniciada agora em 2020 é radicalizar esse processo e tirar também esse material de uso".

Projetos em parceria com a c também estão sendo desenvolvidas dentro do empreendimento, de forma que resgate CO2 para a Shell, e traga a visibilidade de imagem para a organização.

Case de higienização e manutenção da vida útil de carpetes

Outro projeto implantado com sucesso na nova sede foi o de higienização de carpetes, que garantiu a redução de 99% de água e de 75% do consumo de energia anteriormente utilizadas para esse tipo de limpeza.

Fotos: Divulgação

Ana comentou que quando conheceu Paulo Jubilut, representante comercial da milliCare Floor & Textil Care, em um evento externo, em São Paulo, o fornecedor questionou sobre como era feita a limpeza do carpete nos sites da Shell, e comentou os benefícios do seu sistema, que utiliza uma quantidade mínima de água. Curiosa com a proposta apresentada, Ana convidou Jubilut para uma conversa, onde propôs uma limpeza e um teste microbiológico em um determinado andar da empresa, em comparação com a limpeza até então desenvolvida no empreendimento.

Quem explicou como esse processo aconteceu foi Jubilut: "Para avaliar as especificidades técnicas utilizadas pela milliCare, a Sodexo, prestadora de serviços da Shell Brasil, realizou um estudo comparativo embasado em relatório fotográfico, microbiológico e ambiental (economia de água e energia). Esse estudo foi conclusivo em favor da milliCare, levando a Sodexo a adotar a nossa solução nos sites da Shell Brasil".

Jubilut explicou que a milliCare trabalha em conjunto com a limpadora do cliente, treinando as equipes no que diz respeito à utilização do kit spot para remoção de manchas, por exemplo. "Entendemos que nossos serviços têm impacto direto no resultado das empresas, já que promovem a preservação de ativos - prolongando a vida útil do carpete - e mais do que isso, promovendo saúde, bem-estar, produtividade, e a aquisição e retenção de talentos."

Diante dos resultados positivos desse processo, que ficou 12,5% mais barato que a limpeza tradicional, a empresa busca estender essa parceria para aplicação também nas cadeiras da nova sede.

"Então, além de garantir a limpeza dos carpetes e das cadeiras, o usuário não vai ter problemas respiratórios de alergia com a poeira que fica nesses tecidos, e poderemos aumentar vida útil desses ativos", concluiu a Gerente de Infraestrutura, satisfeita com o trabalho que vem sendo desenvolvido na nova sede da Shell Brasil.

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