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O futuro do trabalho já começou

As transformações alavancadas pelas inovações tecnológicas globalmente foram o tema central do debate promovido por uma das maiores escolas de negócios do mundo, o MIT Sloan - Sloan School of Management of Massachusetts Institute of Technology - e a companhia de recrutamento global PageGroup, em SP

Por Paula Caires

A velocidade do avanço da tecnologia traz questionamentos mundiais acerca do futuro do trabalho. No Brasil, dados preocupantes colocam o tema ainda mais em voga: mesmo sendo a maior economia da América Latina, o País tem uma taxa de desemprego de quase 13%, sendo 25% desse montante representados por jovens de 18 a 24 anos de idade; 13 milhões de pessoas trabalham menos do que poderiam ou gostariam, mas eles não procuram emprego ou não estão prontos para entrar para o mercado de trabalho; e as principais habilidades procuradas pelos empregadores estão relacionadas a tecnologias digitais, programação web e mobile, justamente áreas em que a educação das pessoas do País é deficitária. Foi por esse cenário que uma das principais escolas de negócios do mundo – o MIT Sloan (Sloan School of Management of Massachusetts Institute of Technology) – trouxe a São Paulo, no dia 29 de agosto, um evento para debater a questão.

Com o título The Future of Work (“o futuro do trabalho”, em português), o evento foi promovido pelo escritório lationamericano do MIT Sloan em parceria com a empresa de recrutamento global PageGroup. A Revista Infra marcou presença e traz a seguir os destaques das apresentações:

Um resumo da história do mercado de trabalho – transformação

“O ser humano é muito bom para prever o que vai ser destruído, mas muito ruim para saber o que vai ser construído”. A frase do representante do conselheiro do escriório da América Latina do MIT Sloan, Gustavo Pierini, resume o tom da abertura do evento. Trazendo o histórico das transformações mundiais do mercado de trabalho, ele mostrou o quanto a humanidade já passou por grandes mudanças e o quanto foi surpreendida por novas demandas. Os trabalhadores do campo, por exemplo, que representavam 18% do mercado de trabalho americano em 1910, hoje representam menos de 0,5%. Por outro lado, foram criados muitos empregos em outras áreas, em particular cargos administrativos, que saltou de 5% para 18%, e profissões técnicas, que foram de 4% para 23%, sendo o maior segmento atualmente.

Para ele, ainda temos mais um fator positivo: a economia está reagindo muito mais rápido às transformações. Para ilustrar, Pierini deu exemplos de como novas ofertas criam novas demandas. Segundo ele, os humanos foram substituídos por máquinas para aumentar a produtividade, o que ocasiona renda extra para consumo de novos produtos e serviços. Assim, novos hábitos surgem, como o desejo de comida fresca, de ter dentes bonitos e de dar melhor qualidade de vida aos pets – segmentos em crescimento na atual economia. Além dos desejos desconhecidos, a exemplo do Facebook. Ou seja, não tem eliminação, mas grande transformação. Portanto, o modelo mental é que tem que ser mudado.

 “É muito difícil dimensionar onde toda essa mão de obra que está sendo descartada será recolocada”, afirmou ele. No entanto, ele deu indícios a partir do que já vem ocorrendo: para a Inteligência Artificial as coisas difíceis são fáceis e as fáceis são difíceis. Os robôs não fazem as atividades que nos trouxeram até aqui na evolução humana e estão muito longe de nos acompanhar. Trabalho que prevê inteligência emocional e empatia não consegue ser realizado por nenhum tipo de máquina. Por isso, atividades físicas e manuais continuam caindo, enquanto cuidadores de idosos, por exemplo, segue crescendo.

 “O maior impacto das tecnologias inteligentes não será na eliminação de postos de trabalho, mas sim, na mudança de como as pessoas fazem o que fazem, trazendo inovação para todos os aspectos de nossas vidas”, resumiu.

O papel e o caminho do ensino superior

A Diretora da Faculdade de Humanidades, Artes e Ciências Sociais do MIT Sloan, Melissa Nobles, deu um panorama das frentes de atuação da instituição para entender, acompanhar e ser um agente do futuro. Uma delas são as pesquisas feitas para entender os desafios globais, pautados por questões debatidas em eventos realizados pelo mundo e na própria instituição, nos últimos dois anos. No contexto global, foram avaliados a adoção de tecnologias e sua relação com o trabalho em alguns países como Brasil, China, Alemanha e Suécia. Em junho do próximo ano, a versão brasileira deve estar concluída e será disponibilizada ao público.

A Diretora também destacou uma iniciativa criada em 2018: o MIT Schwarzman College of Computing. Trata-se de uma entidade que se relaciona com todas as faculdades do MIT, baseada no estudo que ela denominou “bilíngue”, pois integra a linguagem humana à robótica, ou Humatics, em referência à junção das palavras em inglês human e robotics. “A missão é criar tecnologia usando os robôs para servir o humano e para oferecer a ele recursos para tomadas de decisões mais seguras e eficientes”, explicou.

O ser humano no centro também traz à tona sua responsabilidade, como mostra a mensagem-chave do Presidente do MIT para todos os trabalhos que vem sendo desenvolvidos sobre o tema e trazido por Melissa à apresentação: “A automação vai transformar ainda mais nosso trabalho, nossa vida e nossa sociedade. Se o resultado é inclusivo ou exclusivo, justo ou injusto, depende de nós”.

Inovação no Brasil

A partir do estudo do ambiente inovativo do Brasil, feito desde 2014 em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Industrial Performance Center do MIT lançou, em maio deste ano, o livro “Innovation in Brazil: Advancing development in the 21st century” (Routledge, 2019). Com a colaboração de acadêmicos e profissionais brasileiros, o livro deverá ter sua versão em português publicada até o final do ano.

Foi a partir desse trabalho, que o pesquisador do MIT Ezequiel Zylberberg apresentou o cenário de inovação no País, incluindo cases de sucesso e os desafios que precisam ser superados. Conforme explicou Zylberberg, o tema foi estruturado em quatro camadas:

1) Cadeias globais de valor: mostra como o Brasil se articula com o resto do mundo e os fatores que determinam como o País vai inovar, além dos desafios em termos estruturais.

2) Instituições e políticas: aborda quais instituições fomentam o processo de inovação, desde seu nascedouro na academia até que se torne um produto.

3) Ecossistema de inovação: avalia o processo inverso, isto é, como integrar com as instituições educacionais.

4) O Senai: como a instituição organiza e promove inovação.

Como conclusão, Zylberberg afirmou que o País tem tido um avanço significativo nos últimos 20 anos, com muitas pesquisas de qualidade sendo desenvolvidas. Mas é preciso mais estabilidade e foco. “No início dos anos 2000 tudo era prioridade, mas se tudo é prioridade, nada é prioridade! Tem que ter algum tipo de especialização”, contextualizou ele, dando como exemplo países menores que focaram em uma especialidade e conseguiram se tornar líderes globais.

Outras sugestões também foram pontuadas durante a apresentação, como uma política de desenvolvimento industrial mais alinhada e que apoie um engajamento global por parte da base industrial. “Senão, vamos criar empregos, mas não vamos criar uma competitividade global que vai fomentar indústrias sustentáveis”, afirmou.

Como fazer com que as empresas participem e incentivem os processos de pesquisas das universidades, como dar continuidade ao ciclo de criação indo além das patentes, levando-as até a ponta em forma de solução, focar em indústria de nicho e romper a barreira da tendência das grandes empresas em subsistir no mercado brasileiro, foram mais algumas soluções propostas.

Tendências que mudam o futuro

O Head de Produtos, Marketing e Business Intelligence da Alelo, André Turquetto, trouxe ao debate, cinco macrotendências que impactam os negócios e o trabalho, segundo um estudo feito pela instituição em parceria com a futurista Daniela Klaiman, e com o apoio das especialistas Monique Evelle, Mariana Fonseca e Gabriela Augustini.

Consumo consciente, varejo imersivo, era do encantamento, pagamento invisível e a “flextabilidade” – resultado da junção das palavras “flexibilidade” e “estabilidade” – foram as tendências classificadas pelo estudo. Na apresentação, Turquetto destacou a “flextabilidade”, desmembrando-a em três microtendências: 

1) Escritórios nômades: o colaborador trabalha em qualquer lugar que ele queira. Segundo o Executivo, boa parte da equipe da Alelo já atua nesse regime, o que lhe permitiu tirar alguns aprendizados, como a necessidade de romper preconceitos de líderes (por exemplo, quando havia sons do ambiente doméstico ao fundo de conversas) e formar o colaborador para trabalhar no sistema home office, disciplinando-o quanto ao comprometimento com a carga horária, pois o excesso também é prejudicial. O Executivo deu exemplos de como a companhia está se adaptando a essas transformações, com desdobramento do escritório em open space, sem diferenciação por cargos; a utilização do formato coworking como ambiente propício à diversidade e ao trabalho colaborativo, interativo e, consequentemente, mais engajado; e o uso do espaço de coinovação Inovabra Habitat e do Made by We, um sistema de coworking sob demanda.

2) Irmãos de sangue e ação: uso de robôs como ferramentas complementares, a exemplo da robô de teleconferência Beam.

3) Freelancer As a Service: proliferação de plataformas digitais que possibilitam ofertar e consumir trabalho de uma forma mais eficiente. Paralelamente, funcionários e autônomos integrados.

Inteligência artificial, fintech e o futuro do trabalho

“Finanças têm relação simbiótica com a tecnologia, desde a criação do dinheiro e, agora, vivem juntas. Já estamos na era das finanças digitais”. Foi assim que o Professor de Prática Econômica e Gestão Global do MIT Sloan, Gary Gensler, resumiu o cenário mundial de atuação das fintechs. No Brasil, segundo ele, há ainda mais oportunidades, já que 30% da população é “desbancarizada”, o custo de crédito é muito alto e o setor é concentrado, sendo as cinco maiores instituições detentoras de 84% dele. “O ritmo de adoção das tecnologias tem se acelerado e há ainda mais oportunidades aqui porque o sistema oficial quer dar uma oxigenada, pois o aumento da concorrência vai ajudar a melhorar esses indicadores. Além disso, mais eficiência viabilizará que as empresas ofereçam créditos mais baixos, o que tende a fomentar o crescimento. É um grande motor para a geração de empregos”, declarou.

Os atores dessas mudanças são os grandes bancos, as start-ups, incluindo alguns unicórnios (que possuem avaliação de preço de mercado acima de US$ 1 bilhão) e os big techs, como Facebook, Alibaba e Amazon, tendo como tecnologias a inteligência artificial, o machine learning, o block chain, o open API (interface de programação de aplicativo), a biometria, os chatbots e a Robotic Process Automation (RPA).

O block chain teve destaque na apresentação, desde sua origem na década de 1990, passando pela definição do seu conceito, funcionamento e impacto nos sistemas bancários e na economia mundial. Para ilustrar a atualidade e importância do conceito, o Professor deu o exemplo da Libra – criptomoeda global anunciada pelo Facebook, que chamou a atenção dos bancos mundiais e pode afetar países como o Brasil, devido à sua instabilidade; e a Gram – criptomoeda do Telegram prevista para ser lançada ainda esse ano.

A regulamentação do open banking também compôs a apresentação que trouxe um panorama geral de como as novas tecnologias já estão (e vão continuar) impactando todo o sistema econômico mundial.

A 4ª revolução, mais do que nunca, é sobre as pessoas

Para o Diretor Financeiro do Page Group no Brasil, Gijs van Delft, a quarta revolução que vivenciamos se diferencia das outras pela sua velocidade e, consequentemente, impacto, pois as pessoas estão tendo menos tempo para irem se reorganizando, como foi feito nas anteriores.

A partir de sua experiência em uma empresa que é referência em recrutamento mundial, ele mencionou as principais mudanças que já vêm ocorrendo no mercado de trabalho, como a Internet das Coisas (IoT), que possibilita o acesso ilimitado a conteúdos, criando condições para que o profissional seja autodidata, a criação dos “cobots” – robôs colaboradores – para ajudar a melhorar a experiência do cliente, a impressão 3D, que possibilita resolver problemas globalmente, a inteligência artificial e a  realidade aumentada.

Em uma pesquisa feita com candidatos a vagas e empresas clientes, foram traçadas cinco mudanças principais que já vêm ocorrendo: dados fluídos, espaços de trabalhos descentralizados, motivação para o trabalho, aprendizagem contínua, e tecnologia com aumento de empregos para humanos.

No entanto, ele alerta: “inovação não é moda! Foque naquilo que se encaixa para você. Antes de inovar, tenha certeza de que a direção e toda a empresa têm ciência da inovação que será empreendida, e busque as pessoas certas para ajudá-lo”.

Como profissional, para superar os desafios do futuro, o executivo aconselha: seja o mais humano possível. Capacidade de resolver problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, gestão de pessoas e aprendizagem contínua são as habilidades de destaque nesse cenário.

O Digital Workplace

A partir de dados atuais sobre o mercado de trabalho no Reino Unido, onde 91% das empresa têm ao menos um colaborador trabalhando a partir da casa dele, 60% dos trabalhos têm pelo menos 30% de seu escopo passivo de automatização e o alto custo de perda de conhecimento devido à rotatividade de funcionários, que varia de 33% a 200% do salário anual, o head de tecnologias digitais da Everis Brasil, Pedro Javier López Matínez, trouxe um panorama sobre as transformações e suas recomendações para que as empresas se adaptem ao novo contexto.

A realidade virtual com sua capacidade de transportar qualquer um para qualquer lugar, sem necessidade de locomoção, o uso da inteligência artificial em atividades de padrões repetitivos, como fazer uma reserva ou desmarcar uma reunião, o machine learning que traz para cada produto e serviço um potencial em ser transformado e melhorado, de forma adaptativa e preditiva, e as soluções em nuvem que trazem mais possibilidades de produtividade e colaboração, foram algumas das tecnologias citadas, destacando o quanto elas podem contribuir positivamente. Mas, para isso, ele destacou a importância de saber conduzir o processo de transformação:

1) Concentre-se nos resultados dos negócios, meça e planeje o retorno sobre o investimento.

2) Comece pelas pessoas, desenhando os perfis de personas a partir da observação das necessidades e natureza das atividades desenvolvidas.

3) Repense os processos.

4) Entregue conteúdos de acordo com o contexto.

5) Não subestime a mudança cultural.

“Faça uma inovação incrementada e não disruptiva, com treinamento e comunicação. Comece planejando o retorno esperado do investimento e depois vai para o MVP (do inglês, Minimum Viable Product, que significa o produto mínimo viável). Faça uma coisa de cada vez, iniciando com um grupo controlado, para que você possa fazer a medição de cada ação. E vai fazendo uma mudança por vez até conseguir o budget para o futuro. Ou seja, venda com o resultado e não deixe de observar as novas tecnologias”, resumiu.

A ascensão global e a mobilidade urbana

O professor de economia política e planejamento urbano do MIT Jason Jackson trouxe para o debate a ascensão de novos postos de trabalho e profissões como resposta aos problemas de mobilidade urbana, fazendo ressalvas baseadas em fatos mundiais. Segundo ele, a pergunta central é: e a qualidade desses trabalhos? “Temos que pensar nos componentes da sociedade e propor um debate que envolva todos”, afirmou.

Durante a apresentação, ele destacou alguns pontos cruciais para compor esse debate, uma vez que a mobilidade é central para desenvolver a justiça social. Acesso a empregos, salários justos, igualdade espacial, pois no geral ela é bem regionalizada nas áreas mais carentes (periferias ou nos centros), e justiça racial e de gênero foram alguns deles.

Para ilustrar, ele mostrou conflitos e crises entre aplicativos e táxis em diferentes países, além de contextualizar a situação do Brasil. “O País superou bem a crise mundial de 2007/2008 em comparação a outras nações, com uma queda sutil na economia. Mas em 2014 teve um declínio muito grande, com implicações dramáticas na taxa de desemprego. Correlação não é causa, mas o aumento do uso dos aplicativos de mobilidade urbana coincidiram com o aumento do desemprego”.

Citando uma tese de doutorado defendida na Universidade de São Paulo (USP), ele mostrou que o número de motoristas nesses aplicativos dobrou. “A amostragem é pequena, mas traz insights interessantes. Um deles é que ela desfaz o mito de que essa atuação é um complemento de renda. Na verdade, ela é a fonte principal de renda”, acrescentou.

O futuro da mensuração

Para falar sobre avaliação e mensuração do mercado de trabalho, o professor de Economia Aplicada do MIT Roberto Rigobon propôs quebrar paradigmas. “Estamos usando uma medida muito antiquada que são os empregos... é importante focar no padrão de vida e começar a medir não a renda, mas a qualidade de vida. É preciso passar de narrativa de conflito para a de complementariedade”, afirmou ele, resumindo: “o desafio é que as novas tecnologias, como a inteligência artificial, vão gerar riqueza. A questão é fazer com que elas também criem bem-estar”.

Para defender seu ponto de vista, o professor destacou as habilidades exclusivamente humanas, como a criatividade, a esperança - a capacidade de criar um futuro sem dado algum –, o juízo de valores e a capacidade de mudar esse juízo sem dados, em comparação à habilidade do computador em performar muito bem a partir de dados e padrões. Juntos, o computador e os humanos tiveram um índice de erro de apenas 0,02% na detecção de um tipo específico de câncer, de difícil diagnóstico. Sozinho, o computador teve 7% de erro, e os humanos, 3%.

O otimismo seguiu dando o tom da apresentação, mas sempre com menção à responsabilidade de todos para que as mudanças representem avanços. “No final do século 19 trabalhávamos 3,2 mil horas por ano. Hoje são 1,8 mil horas/ano. Ou seja, temos mais tempo disponível e a tendência é termos ainda mais. É importante quando a gente libera tempo transformando-o em um bem público que todos podem desfrutar. Temos que encontrar maneiras para que o lazer seja subsidiado de um para outro”, ilustrou.

Por outro lado, é preciso rever alguns direcionamentos. “Por exemplo, os dados que são coletados o tempo todo deveriam ser usados para o bem comum, para melhorar o mundo para todos. Deveriam ser um bem público. Mas estamos usando-os para encontrar melhores momentos de vender algo às pessoas”, lamentou.

Oportunidades e desafios

O fechamento da grade de palestras ficou por conta do ex-presidente do Banco Central do Brasil Ilan Goldfajn, que deu um panorama geral sobre a economia brasileira.

“Vivemos em um País com muitos desempregados – já são 13 milhões de pessoas procurando emprego - e com uma economia global que criou muitos empregos, mas com os quais as pessoas estão insatisfeitas, há salários estagnados... o que vem gerando problemas sérios para nós, a exemplo do conflito comercial entre China e Estados Unidos”, afirmou ele dando início à apresentação.

Internamente, segundo ele, “nossos problemas tendem a ser mais clássicos”. “Tivemos vários ciclos de crescimento e recessão, gastamos demais no boom até chegarmos em uma muralha. Não dava mais para financiar isso com mais impostos e nem com inflação. Geramos uma recessão! E as coisas não são tão diferentes quando a gente olha para frente”, previu ele, concluindo que o desafio, portanto, é duplo: um problema interno clássico somado a um problema global.

Nesse contexto, ele sugere que podemos aproveitar a oportunidade de as coisas estarem mudando, em referência às inovações tecnológicas e as transformações que elas implicam, e queimar etapas. Um exemplo é o sistema educacional que, para ele, precisa ser modificado. “Temos uma grande demanda de programadores em São Paulo, que as empresas não conseguem suprir. Com capacitação podemos atender. E a programação, por exemplo, pode ser aprendida online. Temos desafios, mas também oportunidades.”

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