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Casa Melhoramentos: surpreendente do início ao fim

Projetado e implantado pela OMMA Arquitetura, Engenharia e Construção, espaço é a união perfeita entre o moderno e o tradicional

Notícia publicada em 6 de junho de 2019

Por Érica Marcondes

Acolhedor, aconchegante e produtivo, em um equilíbrio perfeito entre o tradicional e o moderno. Estas palavras se encaixam bem aos espaços da nova sede da Cia. Melhoramentos, que adquiriram essa atmosfera após ter projeto e implantação assinados pela OMMA Arquitetura, Engenharia e Construção, com mais de 20 anos de mercado.

Instalado em um terreno de mais de 9 mil m2, o prédio tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp) está localizado na Vila Romana, em São Paulo, oferece 4 mil m2 de área construída e passava por um retrofit enquanto ocorriam as obras internas realizadas pela equipe da OMMA.

Respeitando o briefing do cliente, que fazia questão de manter vivo os 128 anos de história da companhia, em um projeto que tivesse um ar moderno, mas que não perdesse a tradição, o time de arquitetos e engenheiros da OMMA optou pelo uso de materiais que proporcionassem conforto e ao mesmo tempo ativasse o sensorial e o emocional dos colaboradores e visitantes, resultando assim no reflexo perfeito do nome escolhido para batizar o local: Casa Melhoramentos, um lugar que acolhe todas as ideias.

A mistura de madeira, tijolinho e a aplicação de elementos de paisagismo, materiais encontrados no ambiente natural, teve como objetivo a busca por reconectar as pessoas à natureza, trazendo os benefícios desse convívio para dentro do escritório, conceito da biofilia, além de darem o tom tradicional e aconchegante aos ambientes. “O toque contemporâneo seguiu a linha do conceito de open space, proporcionando maior interação entre os funcionários”, ressalta a arquiteta Jessica Ferrara, Diretora de Arquitetura da OMMA.

O prédio possui três andares, sendo que o térreo abriga uma loja dos produtos editoriais comercializados pela empresa e um espaço expositivo, que, desde sua inauguração, conta com uma mostra em homenagem aos 128 anos da companhia. Já o primeiro pavimento, com 1,3 mil m2, será utilizado como espaço para coworking. Acima dele há o escritório da Melhoramentos, onde fica o Salão Vermelho, a importante sala de reunião do Conselho.

“Entendemos que ela seria o coração do projeto e por isso foi o primeiro espaço que projetamos. Está inserida logo na entrada e no centro do conjunto, um volume solto, sem encostar nas paredes das fachadas. Acoplada a ela temos a área com varanda e coffee break, um local que já existia no layout anterior e que mantivemos a mesma proporção, com as mesmas medidas, para que os conselheiros não sentissem uma grande ruptura”, comenta Jessica.

Na sequência do projeto, junto à sala do Conselho, a biblioteca e a chapelaria tiveram destaque importante, em que alguns móveis do acervo da Cia. Melhoramentos foram utilizados. “As toras de madeira colocadas na biblioteca são um dos pontos-altos do projeto. Fomos até a unidade de Camanducaia da companhia, município no extremo sul do estado de Minas Gerais – onde há 12 mil hectares de florestas plantadas em mosaico – para escolher as peças e orientar quanto à estética e altura que precisávamos. Depois de transportadas até a nova sede, tivemos o desafio de fixá-las no piso, de forma segura, pois eram extremamente pesadas. Além de belo esteticamente, esse elemento atua como limitador dos espaços, sem perder a visão do interior. As toras de madeira, além disso, refletem a atividade da empresa”, ressalta a arquiteta.

O Diretor Florestal e Patrimonial da Cia. Melhoramentos, Denivaldo Toledo Camargo, que trabalha na empresa há 15 anos e foi responsável por gerenciar todo o processo de mudança, endossa o trabalho primoroso realizado pela equipe da OMMA. “A biblioteca, em especial, tem uma história importante para nós, pois lá estão guardadas todas as nossas publicações, pelo menos uma cópia de cada está lá. E o resultado foi espetacular”, comemora.

As diversas reuniões, o briefing e o suporte de um grupo formado por colaboradores de cada área foram fundamentais para a elaboração e execução do projeto. “Este prédio tem 70 anos e sempre foi monousuário, e a ideia era transformá-lo em multiusuário. Além disso, nossa cultura sempre foi a de ter salas fechadas e queríamos transformar isso. A OMMA captou e entendeu exatamente o que buscávamos. Apresentou um projeto audacioso e ao mesmo tempo dentro do nosso orçamento, e isso conquistou os conselheiros. O grande desafio foi realizar tudo em apenas três meses”, ressalta Denivaldo.

Staff

Nesta área, o foco da arquitetura foi potencializar um formato de layout que pudesse facilitar a comunicação entre os setores, otimizando o trabalho das equipes. A aposta diferenciada foi na tipologia das mesas – maiores – em 120º graus, com tampo madeirado. Todo o espaço foi pensado sem impor barreiras físicas ou visuais e, apesar de aberto, o projeto necessitava manter as três salas dos conselheiros – com dimensões inferiores comparadas às antigas, porém com todo o suporte necessário ao trabalho, contando ainda com espaço lounge/reuniões dedicado à diretoria. 

Algo bastante peculiar é que o prédio quase não tem paredes, há mais janelas, fazendo com que o time de arquitetos adotasse uma estratégia diferenciada. “Evitamos ao máximo construir salas fechadas na fachada, justamente para priorizarmos a iluminação natural das áreas de trabalho e de circulação. O Salão Vermelho, a Sala dos Conselheiros e as salas foco, área fechadas, foram construídas soltas da fachada, no meio do conjunto. Devido ao pé-direito bem alto foi necessário construir um segundo teto, a fim de garantir a correta acústica para as salas”, explica a Diretora de Arquitetura.

Espaços funcionais

Já no terceiro pavimento, com metragem de 874 m, foi construída uma área de eventos, um auditório e uma sala multiuso. Chama a atenção o telhado aparente, mostrando as treliças, item que a arquitetura da OMMA desejava ressaltar. O desafio foi desenvolver um projeto que pudesse comportar diferentes tipos de exposições, portanto a escolha dos acabamentos mais neutros e a iluminação disposta em malha quadrada de eletrocalhas, tendo assim liberdade para posicioná-las em qualquer local desejado. O piso vinílico de concreto, com colunas em cimento queimado, e a aplicação de tijolinhos dão o contraste sutil com o universo tecnológico utilizado.

A ressignificação do andar tem um apelo cultural; o auditório e sala multiuso – que podem ser locados para eventos e exposições – são equipados com tecnologia de ponta (backstage, sala técnica e sala de tradução simultânea) para apresentações audiovisuais, leitura de livros, pocket shows, palestras, entre outros, com excelente acústica e com automação de luz e som.

No auditório, poltronas e sofás aconchegantes; já na sala multiuso – mais focada para palestras e eventos corporativos – salta aos olhos a tecnologia aliada à funcionalidade, com mesas e cadeiras componíveis, onde é possível formar o espaço de acordo com a necessidade.

Na opinião da Diretora de Arquitetura da OMMA, o resultado positivo do projeto se deu, principalmente, pela transparência das informações passadas no briefing, desde a palavra inicial do CEO, que contou a origem da história da empresa até da união e colaboração de todas as pessoas envolvidas, e da confiança da companhia na equipe de profissionais do escritório. “Eles apostaram na nossa ideia e nos deixaram executá-la como tínhamos visualizado”.

“O que foi projetado e o que foi entregue tiveram muita sinergia. Tudo era feito em 3D, o que facilitou bastante a visualização, compreensão e aprovação do projeto por parte dos conselheiros. A OMMA sempre esteve aberta a nos ouvir e nunca nos impor nada. A nova sede conseguiu derrubar antigas culturas e paradigmas e proporcionar mais interação, produtividade e descontração, como foi o caso da criação do ambiente de descompressão, que nós não tínhamos, e que hoje faz sucesso entre os colaboradores”, destaca Camargo.

Foto: Flavio Rother

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