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Superar expectativas na operação para melhorar eficiência

Nesta entrevista você vai conhecer um pouco da trajetória de Alexandre Pisapio Correa, Senior Manager em Facilities & Workplace Services da PepsiCo, que conta com 13 plantas e cerca de cem filiais de vendas localizadas em todo território brasileiro e com o talento de mais de dez mil funcionários

Por Léa Lobo

Conteúdo publicado em 21 de março de 2019

Os produtos da PepsiCo são apreciados pelos consumidores mais de um bilhão de vezes por dia em mais de 200 países e territórios ao redor do mundo. A PepsiCo teve receita líquida de mais de US$ 63 bilhões em 2017, impulsionada por um portfólio complementar de alimentos e bebidas, que inclui as marcas FritoLay®, Gatorade®, Pepsi®, Quaker® e Tropicana®. O portfólio de produtos PepsiCo conta com ampla variedade de alimentos e bebidas, incluindo 22 marcas que geram mais de US$ 1 bilhão cada em vendas estimadas anualmente no varejo.

No Brasil desde 1953, a PepsiCo é uma das principais empresas de alimentos e bebidas do país e atua no mercado por meio de marcas preferidas e reconhecidas pelos consumidores, como Quaker®, Toddy®, Mágico®, Toddynho®, ElmaChips®, Lucky®, Torcida®, Ruffles®, Doritos®, Cheetos®, Fandangos®, Fofura®, eQlibri™, Mabel®, Gatorade®, Lipton Ice Tea®, (chá pronto, em parceria com a Unilever), Kero Coco® e Trop Coco®, H2OH!®, Mountain Dew®, Pepsi® e Drinkfinity®.

A companhia conta com 13 plantas e cerca de cem filiais de vendas localizadas em todo território brasileiro e com o talento de mais de dez mil funcionários. Desde 1997, a empresa mantém estreita parceria com a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) – para a produção, comercialização e distribuição das bebidas Pepsi®, H2OH!®, Gatorade®, Lipton Ice Tea® e Mountain Dew®, aos mais de um milhão de pontos de venda pelo País.

A revista INFRA foi ao escritório central da companhia na capital Paulista para conhecer suas instalações e conversar com o Senior Manager em Facilities & Workplace Services, Alexandre Pisapio Correa, para saber como a atividade de FM contribui para o sucesso dos negócios da companhia, que mantém performance com propósito em seu DNA, para atender às novas necessidades de consumo e da sociedade. Acompanhe:

Fale um pouco da sua experiência profissional e educacional.

Sou formado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Anhembi Morumbi, com pós-graduação em Gestão de Projetos pelo Instituto Mauá de Tecnologia e atualmente curso o MBA Executivo Internacional da Fundação Instituto de Administração (FIA). Ao longo dos últimos anos, venho gerenciando Facilities em empresas de grande porte nacional e internacional, como o Grupo Bandeirantes de Comunicação, a Sompo Seguros e atualmente a PepsiCo. Tive também uma gratificante experiência como Professor da disciplina de Gestão Avançada com Foco em Qualidade para o MBA de Gestão Empresarial da Universidade Paulista (Unip).

Como foi chegar até a sua atual posição de Gerente de Facilities na PepsiCo?

Sempre tive um perfil generalista, o que é na verdade um requisito para profissionais de facilities. A atuação em facilities management vai muito além da gestão de serviços, precisamos conhecer e nos desenvolver em planejamento, controle e gestão orçamentaria, real estate, tecnologias, gestão de projetos, entre outras áreas de conhecimento. Felizmente, tive uma jornada de carreira que me proporcionou uma interessante e variada experiência em diversos setores. Iniciei atuando como estagiário técnico na TV Cultura, passando ainda pela área técnica de transmissão da TV Gazeta, em seguida como engenheiro eletrônico e de projetos no Grupo Tejofran, tive a oportunidade de implementar serviços e tecnologias em importantes projetos como os Poupatempos de Osasco e São José do Rio Preto, depois segui para o Grupo Bandeirantes de Comunicações, onde atuei como Coordenador de Telecomunicações e, em seguida, assumi a área de Facilities e Real Estate. Meu próximo passo foi atuar na Multinacional Japonesa de Seguros Sompo, onde também gerenciei Facilities e Real Estate até seguir para meu desafio atual na PepsiCo, onde tenho vivenciado a mais relevante experiência.

Na atual posição, quais são suas principais responsabilidades? Para qual diretoria sua área responde?

Reporto para o Vice-presidente de Recursos Humanos do Brasil e minha principal responsabilidade é liderar a agenda e estrutura de Facilities & Workplace Services em nível nacional. Atualmente, impactamos direta ou indiretamente os mais de dez mil funcionários distribuídos em nosso headquarter, 13 fábricas e 68 Centros de Distribuição (CD) de vendas em todo o Brasil. Somos responsáveis pelas estruturas, produtividade, gestão financeira, analytics, eficiência e melhoria contínua dos serviços de catering, limpeza, paisagismo, manutenção em geral, travel, transporte de funcionários, taxi, materiais de escritório, expedição, estacionamentos e utilities, além de manter um ambiente de alta qualidade para nossos funcionários e visitantes.

E como o FM está em sintonia com a missão e valores da companhia?

Certamente, está em sintonia com a missão e valores da companhia porque colocamos sempre o consumidor no centro da estratégia em tudo o que fazemos. Com isso, as decisões são tomadas sempre pensando em como melhorar a eficiência da PepsiCo para que possamos criar sorrisos nas pessoas, tanto de fora da empresa como dentro, que são os nossos funcionários. Também trabalhamos com o mindset de donos do negócio, buscando simplificar e ganhar agilidade para a entrega dos resultados.

Como está estruturada a área de Facilities Management na PepsiCo?

Estamos com uma estrutura otimizada. Estou liderando um time com quatro diretos, sendo três lideranças especialistas nos pilares: Headquarter, Fábricas e CDs, além de um recurso focado em analytics com função cruzada entre os pilares. Temos focal points para atendimento nas fábricas e headquarter e gestão remota dos Centros de Distribuição de vendas.

Sua área é estratégica para os negócios? Por que?

Seguramente sim! Facilities management vem ao longo do tempo tornando-se cada vez mais estratégico para os negócios, não só na PepsiCo, mas no mercado como um todo. Isso porque, possui um alto potencial de geração de produtividade que impacta diretamente no fluxo de caixa e torna as empresas mais competitivas. No entanto, a estratégia não é apenas financeira, temos também a possibilidade de transformar ambientes de trabalho, aumentando eficiência, engajamento e sobretudo para que os funcionários se sintam acolhidos e tenham uma experiência única, melhorando o clima organizacional. Esse conjunto, somados a flexibilidade do ambiente e o design do escritório é algo atrativo, valorizado e fator de decisão na escolha de uma empresa pelos candidatos externos. Isso ajuda na atração e retenção de talentos.

Quanto em m2 representa os sites do escritório corporativo, fábrica e CDs (incluindo as cidades de localização)?

Temos unidades em todas as regiões brasileiras que somadas ultrapassam 400 mil m².

Quais são os principais serviços terceirizados, dentro da área de FM?

Os serviços de limpeza e conservação; de alimentação; manutenção predial; transporte de funcionários; jardinagem; entre outros.

O que muda na gestão de FM considerando os sites? (perfil para a fábrica, CD e escritório corporativo).

Existe uma grande mudança ao avaliarmos a gestão de FM entre esses três pilares. Inclusive, é por essa razão e devido ao tamanho da PepsiCo, temos um líder dedicado para cada pilar. Deve-se levar em consideração três variáveis, o perfil do público a ser atendido, as características físicas dos imóveis e a característica da operação em cada um dos três pilares. Para escritórios/corporativo, temos um foco maior em hospitality e grande parte dos serviços que atendem os pilares são geridos nessa base, por exemplo, viagens e veículos executivos, além de grande foco em qualidade no atendimento ao cliente interno. Para as fábricas, temos um foco maior em atendimento de massa como serviços de refeições e transporte de funcionário, além de outros, e é onde estão os maiores custos, por este motivo frequentemente demanda foco de analises de produtividade. Já para os CDs, o foco além das pessoas é a estrutura física, e nesse quesito devido à natureza da operação, a manutenção dos galpões é o maior desafio. No entanto, em um ponto todos convergem: o foco em qualidade, não importa a natureza da operação ou perfil, a busca pela superação de expectativa prevalece.

Fale um pouco sobre o desafio da unificação dos escritórios corporativos no site da JK180? Qual o aprendizado, considerando que essa movimentação ocorreu há dois anos?

Esse foi o primeiro grande desafio que assumi na PepsiCo e na oportunidade ocupávamos três escritórios. Como deve imaginar, tínhamos algumas oportunidades com esta unificação, não apenas de redução de custos operacionais em mantermos três estruturas separadas, mas também de fluidez, de renovação de espaço físico e modernidade. O novo escritório chamado UniCo, remete não somente a unificação, onde integramos todos os funcionários administrativos gerando maior colaboração entre áreas, sinergia e produtividade.

Foi um momento extremamente desafiador, pois levamos apenas três meses entre projeto, execução e mudança. O projeto foi elaborado para celebrar nossos clientes, consumidores, funcionários e nossa cultura. Criamos espaços flexíveis, modernos, aconchegantes e colaborativos que apoiam a criatividade e geram eficiência, como provou a pesquisa de “Eficiência do ambiente de trabalho”, realizada pela Leessman (consultoria internacional que avalia como os locais de trabalho afetam o desempenho dos funcionários e da organização). Nessa avaliação, fomos classificados acima dos top performes globais.

E quais são os principais desafios para se ter um alto nível do serviço em facilities?

Temos realmente alguns desafios, mas entendo que um dos fatores críticos no sentido de atingir e manter um alto nível de serviços é a integração dos pilares: pessoas, processos e sistemas. É evidente que a combinação de pessoas certas, treinadas, desenvolvidas, os processos corretos, otimizados e sistemas inteligentes geram agilidade, simplificação, melhores e diferenciadas entregas, melhorando a experiência do cliente. Outro desafio que deve ser considerado é como trazer inovações que impactam o ambiente de trabalho, gerando engajamento e melhoria no clima organizacional ao passo que buscamos savings estratégicos. Por fim, manter sempre o foco na melhoria contínua e exercícios de criatividade alavancam níveis de serviços.

Como trata o tema da sustentabilidade e da inovação? Pode exemplificar?

Sustentabilidade e inovação estão no DNA da PepsiCo, e como uma área estratégica na companhia conduzimos nossas iniciativas sempre com esse foco. Podemos inclusive exemplificar citando nossa horta sustentável que inauguramos em nosso Headquarter para celebrar um ano de UniCo. Trata-se de uma horta urbana sustentável para cultivo inteligente de verduras, legumes e hortaliças em um sistema de subirrigação que consome 80% menos água que uma horta convencional. E o mais gratificante é que o impacto não é apenas ambiental, mas social também, pois doamos toda a produção gerada. Trouxemos um impacto socioambiental enquanto aumentamos orgulho e engajamento de nossos funcionários.

Destaco também a implantação do que chamamos de cozinhas inteligentes nos restaurantes de todas as plantas, que na oportunidade, de uma só vez inovamos e apoiamos fortemente sustentabilidade e saudabilidade. Nessa iniciativa, implementamos nas cozinhas de todas as plantas um conjunto de equipamentos que utilizam menos energia e menos gás que os equipamentos convencionais, reduzindo impacto ambiental. Por fim, também demandam menos óleo no processo impactando diretamente a saudabilidade de nossos funcionários.

Ainda referente a tecnologia, estamos sempre implementando soluções tecnológicas que apoiam simplificação e controle, e neste caso os cases são diversos. Inclusive, tenho orgulho em mencionar que o time de FM da PepsiCo aplica ferramentas de Design Thinking para alavancar criatividade e inovação.

Qual seria sua mensagem para os colegas profissionais que atuam em FM?

Teria muita coisa a dizer aos colegas, mas em linhas gerais, é interessante atuar estrategicamente e não apenas na operação. Isso porque, precisamos continuar apoiando a jornada de evolução do facilities management. Precisamos deixar para traz o FM antigo que era reativo, precisamos atuar com entusiasmo, com criatividade e inconformismo. Essa área tem largo alcance e, por isso, podemos e devemos surpreender, buscar desenvolvimento e atualização sempre e acima de tudo intraempreender. Estejam certos de que com este direcionamento os colegas de FM apoiam não só o crescimento da área de facilities, mas os seus próprios exponencialmente.

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